Centenas de pessoas ficaram em filas enormes à espera de atendimento nas agências da Caixa Econômica Federal em Maringá e Sarandi, nesta quinta-feira (22). Nas duas cidades, as fileiras de pessoas se estendiam por quarteirões depois de quase um mês de greve dos funcionários, encerrada nesta quinta. E a previsão não é das melhores. De acordo com o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Maringá e Região (Seeb), a superlotação das agências vai continuar por pelo menos mais uma semana.
De acordo com o presidente do Seeb, Claudecir de Souza, todas as pessoas que estavam na fila de atendimento nesta quinta foram atendidas. A agência central da Caixa, em Maringá, abriu as portas uma hora mais cedo (às 10 horas) para atender o máximo de clientes possível. "Às 16 horas, todos que ainda estavam nas filas do lado de fora tiveram de ser colocados dentro das agências para serem atendidos e as portas foram fechadas. Os funcionários estão fazendo, no mínimo, duas horas extras para dar conta do recado", disse Souza.
Os pedidos de financiamento imobiliários, de penhor e os serviços relacionados aos programas sociais foram os mais procurados neste primeiro dia de atendimento pós-paralisação. "Muitos processos estavam parados. Pedimos para que os clientes tenham paciência e procurem as agências em caso de extrema urgência", explicou Souza.
Sarandi
Em Sarandi, a situação era idêntica a de Maringá. As filas começaram muito antes de o banco abrir as portas. Em uma agência da caixa, a fila ultrapassou 200 metros de comprimento.
Fim da greve
A greve dos bancários da Caixa terminou na manhã de quinta-feira. Seis agências do banco na cidade e cinco na região (Sarandi, Marialva, Paiçandu, Mandaguari e Astorga), voltaram a atender ai público nesta quinta, após assembleia dos funcionários.
Acordo
O banco ofereceu abono salarial de R$ 700, que será pago em janeiro de 2010; além da contratação de 5 mil funcionários até o fim do próximo ano anteriormente o banco tinha proposto a admissão de 3 mil colaboradores. Também ficou acertado que os dias de greve não serão descontados e a compensação será feita até 18 de dezembro. Outras questões que já haviam sido negociadas, como o reajuste salarial de 6% e a forma de pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), não foram alteradas.