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As cooperativas agroindustriais Cocamar, de Maringá, e Corol, de Rolândia, estudam a possibilidade de se fundirem. A informação foi confirmada nesta terça-feira (25) pelas assessorias de imprensa de ambas as cooperativas.

As discussões, que começaram há um mês, estão em um estágio adiantado, segundo as empresas. No entanto, para que a fusão de concretize é necessário que os quase 15 mil cooperados da Cocamar e da Corol autorizem o negócio. Segundo as assessorias, assembleias para a apreciação da proposta estão agendadas para 11 junho nas duas cooperativas.

O presidente da Cocamar, Luiz Lourenço, afirma que, se os cooperados aprovarem, a fusão pode ser finalizada até o fim deste ano. E, nesse caso, a expectativa de faturamento é otimista. "Creio que, em cerca de três anos, o faturamento total pode chegar a R$ 3 bilhões, já que existem muitos produtores que podem ainda ser conquistados na região de atuação da Corol."

O presidente da Corol, Eliseu de Paula, diz que a ideia de fusão já soma algum tempo. No fim de abril, as diretorias se reuniram e começaram a discutir o assunto seriamente. Para a Corol, a fusão marcará, inclusive, o início da recuperação da crise financeira, que começou no ano passado. "A crise financeira mundial fez que a Corol descapitalizasse um pouco", conta. "Por esse motivo, não estamos aproveitando todo o potencial de produção na região."

Um reflexo dessa crise, que está ligada à crise financeira mundial que abalou vários países no ano passado, é a dívida atual da Corol, que, segundo De Paula, chega a R$ 320 milhões. "O valor ainda é suportável, porque o patrimônio da Corol está estimado em R$ 1 bilhão", diz.

No ano passado, o faturamento da Cocamar foi de R$ 1,4 bilhão e o da Corol, R$ 600 milhões. Se houver a fusão, a cooperativa será a segunda maior do Brasil, atendendo, diretamente, a cerca de 120 municípios das regiões Norte e Noroeste do Paraná.

O assunto já foi debatido com os conselhos administrativos e fiscais das duas cooperativas. "Eles abençoaram o plano", relata Lourenço. O presidente da Corol diz até que já sondou a opinião dos cooperados, que também é positiva à união das duas cooperativas.

Mudanças

Um estudo ainda está sendo feito para definir o que acontecerá às duas cooperativas, caso a fusão se concretize. De Paula diz que existe a possibilidade de adotar um novo nome e de haver uma sede única para a cooperativa que poderá nascer em breve. "Será, certamente, uma das maiores fusões entre cooperativas do Brasil", afirma.

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