A arrecadação com multas do Estacionamento Rotativo Regulamentado Pago (EstaR) de Maringá bateu recorde no ano passado: ao todo, a Prefeitura recebeu R$ 2 milhões por conta das irregularidades dos motoristas. Segundo a Secretaria de Trânsito e Segurança, a média dos anos anteriores fica entre R$ 800 mil a R$ 1,2 milhão.
Os motoristas são notificados quando estacionam na zona do EstaR sem o cartão de vaga, que custa R$ 0,80 por hora, ou quando excedem o tempo dos cartões adquiridos (atualmente, o máximo permitido é o uso simultâneo de dois cartões de uma hora cada, para deixar o veículo por duas horas em uma mesma vaga).
Há três valores de multas no EstaR: R$ 4, quando o pagamento acontece entre o primeiro e o quinto dia útil após a notificação; R$ 8, quando é quitado entre o sexto e o décimo segundo dia útil; e R$ 16, quando o motorista excede em duas horas o tempo que tem direito em uma mesma vaga.
Quando as notificações não são quitadas até o décimo segundo dia útil, o motorista é multado em R$ 53 e recebe três pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Para o gerente do EstaR, Antonio Carlos Alves, dois fatores serviram para aumentar a arrecadação no ano passado: o aumento da rotatividade de veículos, causada pelo crescimento da frota em 2012, e o crescimento do rigor na fiscalização. Ao todo, são 32 agentes municipais que fiscalizam o estacionamento maringaense.
"O motorista tem de pagar só R$ 0,80 por uma hora, mas prefere correr o risco de ser flagrado, porque sabe que nem sempre o agente está nas ruas", afirmou o gerente. "Prefere pagar R$ 4 e ainda ganhar dois cartões de bônus, ou seja, ficaria tudo por R$ 1,60 porque ainda ganha cartões gratuitos."
Alves ainda comentou que a maioria dos motoristas é encontrado nas vagas sem o uso dos cartões. As notificações seriam ainda mais numerosas se os agentes não fossem orientados a dar meia-hora de tolerância.
Arrecadação poderá ser maior
A arrecadação da Prefeitura de Maringá com as irregularidades nos estacionamentos poderá ser ainda maior em 2013. Isto porque a secretaria irá estudar, ainda neste semestre, um possível reajuste no valor do cartão e das multas.
Segundo o secretário da pasta, Ademar Schiavone, o valor cobrado no Município já deveria ter sido reajustado há alguns anos. "Existe a necessidade de aumentar o valor porque já está muito defasado", argumentou Schiavone, por telefone, à Gazeta Maringá. "Precisamos estudar isso porque [o preço] está parado há seis anos."
O gerente do EstaR é a favor do reajusto que, segundo ele, serviria para conscientizar a população. "Serviria para a conscientização sobre a rotatividade tão pedida pelos lojistas. Eles reclamam que os clientes chegam e não ter lugar para estacionar", disse. "Quem acaba estacionando são os próprios funcionários em alguns casos."