A arrecadação de cada tipo de multa
156,4 mil multas de R$ 4 foram pagas (arrecadação de R$ 625,6 mil).
24,6 mil multas de R$ 8 foram pagas (arrecadação de R$ 196,8 mil).
17,9 mil multas de R$ 16 foram pagas (arrecadação de R$ 286,4 mil).
15,6 mil multas não foram pagas até o décimo segundo dia útil e se tornaram multas no valor de R$ 53, além de três pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Para este valor, a Prefeitura arrecadou R$ 826,8 mil.
Prefeitura implanta estacionamento pago em vias do Novo Centro
Desde quinta-feira (24), a área do EstaR foi ampliada em Maringá. Os motoristas terão de pagar tarifa para estacionar no quadrilátero formado pelas avenidas Herval, Duque de Caxias, Horácio Raccanello e João Paulino, no Novo Centro.
De acordo com Schiavone, a medida atende solicitações de comerciantes e prestadores de serviços e busca aumentar a rotatividade e ampliar o número de vagas de estacionamento na região.
"Apesar do amplo estacionamento para mais de 400 vagas implantado pela Prefeitura no ano passado, a falta de vagas vem se acentuando com o aumento do número de veículos no Município e por causa do estacionamento por longos períodos", informou.
A frota de veículos em Maringá cresceu 6,29% no ano passado: passou das 255.238 unidades em dezembro de 2011 para 271.308 no último mês de 2012, média de 1.339 novos veículos por mês.
A arrecadação com multas do Estacionamento Rotativo Regulamentado Pago (EstaR) de Maringá bateu recorde no ano passado: ao todo, a Prefeitura recebeu R$ 2 milhões por conta das irregularidades dos motoristas. Segundo a Secretaria de Trânsito e Segurança, a média dos anos anteriores fica entre R$ 800 mil a R$ 1,2 milhão.
Os motoristas são notificados quando estacionam na zona do EstaR sem o cartão de vaga, que custa R$ 0,80 por hora, ou quando excedem o tempo dos cartões adquiridos (atualmente, o máximo permitido é o uso simultâneo de dois cartões de uma hora cada, para deixar o veículo por duas horas em uma mesma vaga).
Há três valores de multas no EstaR: R$ 4, quando o pagamento acontece entre o primeiro e o quinto dia útil após a notificação; R$ 8, quando é quitado entre o sexto e o décimo segundo dia útil; e R$ 16, quando o motorista excede em duas horas o tempo que tem direito em uma mesma vaga.
Quando as notificações não são quitadas até o décimo segundo dia útil, o motorista é multado em R$ 53 e recebe três pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Para o gerente do EstaR, Antonio Carlos Alves, dois fatores serviram para aumentar a arrecadação no ano passado: o aumento da rotatividade de veículos, causada pelo crescimento da frota em 2012, e o crescimento do rigor na fiscalização. Ao todo, são 32 agentes municipais que fiscalizam o estacionamento maringaense.
"O motorista tem de pagar só R$ 0,80 por uma hora, mas prefere correr o risco de ser flagrado, porque sabe que nem sempre o agente está nas ruas", afirmou o gerente. "Prefere pagar R$ 4 e ainda ganhar dois cartões de bônus, ou seja, ficaria tudo por R$ 1,60 porque ainda ganha cartões gratuitos."
Alves ainda comentou que a maioria dos motoristas é encontrado nas vagas sem o uso dos cartões. As notificações seriam ainda mais numerosas se os agentes não fossem orientados a dar meia-hora de tolerância.
Arrecadação poderá ser maior
A arrecadação da Prefeitura de Maringá com as irregularidades nos estacionamentos poderá ser ainda maior em 2013. Isto porque a secretaria irá estudar, ainda neste semestre, um possível reajuste no valor do cartão e das multas.
Segundo o secretário da pasta, Ademar Schiavone, o valor cobrado no Município já deveria ter sido reajustado há alguns anos. "Existe a necessidade de aumentar o valor porque já está muito defasado", argumentou Schiavone, por telefone, à Gazeta Maringá. "Precisamos estudar isso porque [o preço] está parado há seis anos."
O gerente do EstaR é a favor do reajusto que, segundo ele, serviria para conscientizar a população. "Serviria para a conscientização sobre a rotatividade tão pedida pelos lojistas. Eles reclamam que os clientes chegam e não ter lugar para estacionar", disse. "Quem acaba estacionando são os próprios funcionários em alguns casos."