O atendimento à população será mantido com 50% da capacidade da normalidade, mas em sistema de escalas| Foto: Divulgação / Sismmar

Socorristas fazem manifestos nesta segunda

Os servidores planejam manifestos durante toda a segunda-feira (8) em Maringá. Durante a manhã, alguns socorristas fizeram apitaço e mostraram faixas de protesto em frente ao Paço Municipal de Maringá. Ele ainda entregaram panfletos para que a população entenda a situação e o motivo da greve. Segundo o Sismmar, a intenção é continuar a manifestação até o prefeito Carlos Roberto Pupin (PP) receber uma comissão de dirigentes sindicais e socorristas.

CARREGANDO :)

A greve dos servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Maringá começou às 7 horas desta segunda-feira (8) com adesão de cerca de 90% dos funcionários na cidade, segundo a vice-presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Maringá (Sismmar), Solange Marega. O atendimento à população será mantido com 50% da capacidade normal, em um sistema de escalas.

A vice-presidente afirma que apenas o médico e o enfermeiro do Samu de Maringá não aderiram à greve. "Eles não podem parar porque o atendimento fica comprometido pelo número ínfimo de profissionais, mas há o apoio desses trabalhadores à greve também", defendeu.

Publicidade

A paralisação foi definida em assembleia da categoria em 18 de junho. A decisão unânime foi pautada no baixo salário dos profissionais. Em nota, o Sismmar explicou que enquanto o piso do Samu de Londrina é superior a R$ 1,4 mil por 30 horas semanais, em Maringá o mínimo é de piso R$ 1 mil por jornada de 40 horas.

Segundo Solange Marega, as reivindicações foram entregues oficialmente à administração municipal - que prometeu atender às reivindicações - na sexta-feira (5). "Eles deram o prazo de novembro para atender às reivindicações, mas os servidores entendem que este prazo é inviável. Os salários e a jornada estão defasados há oito anos."

Ambulâncias

Além das reivindicações contra os baixos salários e altas jornadas de trabalho, Solange Marega afirma que os servidores solicitam à administração municipal a compra de novas ambulâncias. Segundo a vice-presidente, atualmente existem três ambulâncias operando com regularidade em Maringá. Dois desses veículos seriam unidades básicas e uma avançada, com equipamentos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No entanto, segundo Solange, para atender à população maringaense seriam necessários, no mínimo, cinco ambulâncias.

Além de frisar que atualmente apenas três ambulâncias são utilizadas com regularidade na cidade, a vice-presidente disse que haviam hoje no pátio do Samu quatro ambulâncias estacionadas. "Nenhum servidor nunca tinha visto tanta ambulância disponível aqui em Maringá.

Publicidade

"Acho engraçado isso acontecer exatamente hoje, com a paralisação dos funcionários", criticou Solange Marega.

Aquisição de ambulâncias está em fase de licitação, segundo Prefeitura

A Prefeitura Municipal de Maringá (PMM), por meio de sua assessoria de imprensa, afirmou que a maioria das reivindicações dos servidores do Samu está em fase de licitação, como a aquisição de cinco novas ambulâncias. "Lembrando que esta é obrigação do Governo Federal, mas está sendo atendida pelo Município emergencialmente", pontuou a administração em nota.

Sobre a solicitação de gratificação dos salários dos funcionários, a Prefeitura disse que todos os casos de reenquadramento funcional estão sendo analisados dentro do novo Plano de Cargos e Salários que deve ser apresentado até novembro deste ano. "Embora celetistas, o processo de reenquadramento salarial está sendo tratado em conjunto com o plano de cargos", explicou também em nota.