As mudanças na Avenida Brasil, fruto de um projeto da Prefeitura e de outro do Codem, dividem as opiniões dos comerciantes que trabalham na região.
Emerson Yaedu, gerente de uma loja de roupas infantis, acredita que o fim do estacionamento central pode prejudicar o comércio da região. "O maringaense não tem costume de andar a pé. Ele quer parar em frente à loja e, sem esse estacionamento, podemos nos prejudicar. A não ser que as pessoas mudem de hábito."
Já para Ana Paula Cavalvante, a retirada do estacionamento é positiva. "Acontecem muitos acidentes por causa dessas 'escamas'. É bom mesmo que elas saiam daqui."
Luis Kanda, dono de uma revistaria instalada na avenida, é contrário à implantação da via de mão única, mas vê possibilidade de crescimento do movimento com a ampliação da calçada. "Aqui é um ponto muito bom, porque passa muita gente, e acho que essa calçada mais larga vai atrair ainda mais pessoas."
Em relação à revitalização do centro, há quase um consenso entre os comerciantes de que a mudança será benéfica, por estimular o comércio noturno.
Trânsito
O professor do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e especialista em trânsito, Hélio Hideki Arita, vê alguns problemas no projeto de reforma da avenida. "O que se discute na cidade está cada vez mais ligado ao automóvel: binários, avenidas etc. Assim, em breve, vai faltar espaço viário para tantos carros. É preciso sempre tentar melhorar o transporte público."
Arita diz ainda que é preciso investir em meios de transporte econômicos e saudáveis, como a bicicleta o projeto não prevê, pelo menos em um primeiro momento, a construção de ciclovias na avenida.
O engenheiro afirma também que o trânsito na cidade pode melhorar a partir de medidas simples, como a mudança de atitude dos motoristas. "Se todo mundo for educado e respeitar o espaço do outro, as coisas ficam muito mais fáceis no trânsito."
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