A conferência pública promovida para propor a supressão de diretrizes viárias em Maringá terminou em bate boca na manhã desta quinta-feira (28). Durante a reunião no Auditório Hélio Moreira - na Prefeitura o secretário de Assuntos Comunitários, Miguel Grillo, chegou a discutir com alguns servidores da Câmara.
No encontro, seria abordada a situação de algumas ruas e avenidas projetadas que, no entendimento do Conselho Municipal de Planejamento, deveriam ser suprimidas do Plano Diretor. No entanto, um grupo ligado à Universidade Estadual de Maringá (UEM) e a organizações não governamentais também queria colocar em discussão a supressão de vias que cortam o campus da UEM.
Segundo a coordenadora do Observatório das Metrópoles e professora da UEM, Ana Lúcia Rodrigues, a plenária aprovou a apresentação das propostas que não estavam na pauta, o que teria sido questionado por alguns representantes da Prefeitura, iniciando os desentendimentos. O Município alega que é preciso que o assunto passe pelo Conselho Municipal de Planejamento. "O regimento interno permitia que fizesse essas mudanças. O presidente colocou em votação e a plenária autorizou a colocar a proposta de supressão das vias que passam pela UEM", afirmou Ana Lúcia.
Durante o bate boca, o presidente da conferência e secretário de Planejamento, Laércio Barbão, cancelou a audiência, alegando que houve um erro no decreto de convocação. No entanto, alguns delegados entenderam que o cancelamento foi ilegal e retomaram os trabalhos elegendo nova mesa diretora. Na ocasião foram aprovadas tanto as propostas da Prefeitura quanto as apresentadas pelos delegados.
"Houve a vacância do presidente, mas a plenária era soberana", ressaltou Ana Lúcia. O secretário de Planejamento foi procurado para comentar a conferência, mas não atendeu às ligações. A assessoria da Prefeitura de Maringá também não comentou o caso.
Servidor alega que foi agredido por secretário
Após a confusão, o servidor do legislativo José Edvaldo Sanches afirmou ter sido agredido por Miguel Grillo com um empurrão durante a conferência. Em entrevista à Gazeta Maringá, ele informou que estava questionando o posicionamento da Prefeitura e de Grillo. "[Na conferência] As pessoas têm que opinar, mas ele não aceita", afirmou.
Outro funcionário da Câmara que se queixou do secretário foi Gelinton Batista. Os dois afirmaram que vão entrar com uma representação contra Grillo. "Ele me xingou, mandou calar a boca, o pessoal precisou conter ele. Entendo que não é uma atitude correta de um agente público."
A reportagem não conseguiu localizar Grillo para comentar a acusação feita pelo servidor da Câmara. Para a rádio CBN Maringá, ele negou que tenha agredido Sanches. Disse que foi provocado verbalmente, mas que não reagiu.
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