O Conselho Comunitário de Segurança de Maringá (Conseg) e representantes de entidades da classe manifestaram preocupação com as informações extraoficiais de que a estrutura da Penitenciária Estadual de Maringá (PEM) será ampliada para receber mais 350 presos. Eles enviaram, na semana passada, um ofício para a secretária de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná, Maria Tereza Gomes, solicitando que a obra não seja feita.
Para o diretor do Conseg, Antônio Tadeu Rodrigues, o momento é inadequado para a ampliação. "Não é hora para fazer isso. Os presos de Maringá estão apenas confinados e não trabalhando ou estudando, como deveriam. Deveríamos cuida do que temos antes de tudo", afirma.
Tadeu ressalta que as prisões já existentes no Município estão superlotadas e sem condições para a reinserção do preso na sociedade. "As cadeias já estão lotadas. Quanto mais presos, maior o risco de rebeliões, como as duas últimas ocorridas na Casa de Custódia de Maringá, com destruição total das celas. Nossos presos não estão sendo tratados como devem ser", diz.
A reportagem da Gazeta Maringá entrou em contato com o diretor do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen), Maurício Kuehne, responsável pelos presídios paranaenses, mas ele não quis se manifestar sobre o assunto.
