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Obra ficou paralisada por um ano

Depois de um ano de paralisação, as obras do Contorno Norte foram retomadas em junho do ano passado. A paralisação se deu porque o Tribunal de Contas da União (TCU) apontou indícios de superfaturamento na segunda etapa da obra, que custaria R$ 130 milhões. Depois disso, a empreiteira Sanches Tripoloni concordou em diminuir o valor do contrato em R$ 10 milhões.

No mês seguinte, o TCU apontou novo superfaturamento nas obras e solicitou ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) que a situação fosse corrigida em 60 dias. Segundo o TCU, a irregularidade decorria da cobrança indevida no transporte do cimento para a construção. O projeto da obra previa o uso de cimentos em sacos sem a necessidade de pagar frete. No entanto, de acordo com o tribunal, entre os gastos da obra está o pagamento de transporte equivalente à distância de 416 quilômetros.

Em novembro de 2012 , após a retomada das obras, o governo federal autorizou a liberação de mais R$ 20 milhões para a segunda etapa do Contorno Norte. O recurso faz parte da abertura de crédito suplementar no valor de R$ 1 bilhão para atender à programação de obras do Ministério dos Transportes. Segundo o decreto, a abertura deste crédito decorre de anulação de algumas dotações orçamentárias.

Após anos de espera, o Contorno Norte de Maringá deve ser concluído em no máximo 40 dias. Pelo menos esta foi a previsão dada pelo diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura do Transporte (DNIT), Jorge Ernesto Pinto Fraxe, que vistoriou a segunda etapa das obras na tarde desta quinta-feira (7).

No entanto, Fraxe frisou que este prazo pode ser alterado caso as obras sofram interferências climáticas. "São poucos trechos de ligação e marginais ainda em obras, mas a construtora está com equipes em todos eles, e acredito que até dezembro Maringá tenha o Contorno Norte liberado", afirmou.

A data da solenidade de inauguração ainda não foi definida e deve depender de uma confirmação da presidente Dilma Rousseff (PT). No mês passado, ela anunciou que viria até Maringá para participar do evento.

Contorno custou R$ 300 milhões

Cerca de R$ 300 milhões são investidos na construção do Contorno Norte. O trecho, de 17,5 quilômetros de extensão, busca desviar o tráfego rodoviário da BR-376, que hoje atravessa a área central de Maringá. A previsão é eliminar o trânsito de aproximadamente 22 mil veículos pesados ao dia da Avenida Colombo – trecho urbano da BR-376. A obra terá 13 viadutos, três pontes - sobre os ribeirões Maringá, Mandacaru e Morangueiro -, uma trincheira e 12 passarelas para pedestres.

"Aqui é uma obra rodoviária em trechos urbanos, com interferência de vários fatores que exigem um trabalho de engenharia mais apurado, e o que vi hoje está dentro dos padrões do DNIT", ressaltou Fraxe, em entrevista para o site da Prefeitura de Maringá.

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