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Os pais do atleta, Maria das Graças Santos e Wilson dos Santos, mostram as camisas autografadas pelo filho
O Japão estreia na Copa do Mundo nesta segunda-feira (14) e, pela primeira vez desde 2002, o jogador maringaense Alex Santos não estará em campo defendendo as cores do país num mundial. Contundido há cerca de um ano, Santos não se recuperou a tempo para disputar a competição pela terceira vez consecutiva. Em 2002, ele ajudou o time chegar ao 9º lugar, quando a Copa foi disputada em solo japonês. Quatro anos depois, na Alemanha, ele também estava em campo, apesar do desempenho do Japão ter sido bem mais modesto: 28ª colocação e eliminação na primeira fase. Neste ano, o jogador maringaense terá que ver pela televisão os lances dos companheiros que foram para a Copa na África do Sul.
Ainda morando em Maringá, na Zona 7, próximo ao Estádio Willie Davids, a mãe do jogador, Maria das Graças do Santos, falou ao Jornal de Maringá sobre a trajetória do filho que fez carreira no futebol do oriente depois de se naturalizar japonês. Segundo ela, Alex se esforçou para ir ao mundial, mas não foi possível. "Como qualquer jogador, ele almejava muito em ir para Copa. Ainda mais ele que já tinha participado de duas. Ele esperava uma recuperação mais rápida, mas não deu tempo", disse a mãe do jogador. "Mas ele está tranquilo. O Alex tem muitos companheiros na seleção e está torcendo para que o Japão faça uma boa Copa", garantiu.
Alex Santos machucou seriamente a perna na altura da coxa há cerca de um ano, durante partida de futebol pelo clube que defende no Japão. A batida lesionou o tendão e o deixou afastado por alguns meses. Na volta aos gramados, durante treino da seleção japonesa, ele voltou a sentir o músculo da perna. Ele viajou para o Brasil para fazer o tratamento, foi operado, mas não conseguiu retomar a forma para ser convocado para a Copa de 2010.
De folga nos trabalhos do clube que defende na primeira divisão japonesa, o Nagoya Grampus Eight, Santos preferiu não voltar ao Brasil durante o mês de junho. Sem ir à Copa, dona Maria também precisou ficar em Maringá neste ano, ao contrário das últimas duas competições, quando viajou para acompanhar o filho. O apoio da família à carreira de Alex, começou quando ele ainda tinha 16 anos, e resolveu fazer as malas e partir para o Japão.
"O pessoal do colégio no Japão veio em busca de adolescentes que iam ganhar bolsas para jogar no time da escola. O Alex nem estava na lista, mas os diretores viram ele jogando no Grêmio (Grêmio Maringá), gostaram e pediram para meu marido autorizar. Assim que tudo começou", disse Dona Maria. Hoje o maringaense tem 33 anos e passou metade da vida no Japão, onde se casou e tem dois filhos.
Alex não estará em campo neste ano, mas o orgulho do filho que joga na seleção japonesa fica claro quando Dona Maria conta sobre sua torcida: "Lógico que eu torço para o Brasil, mas estou torcendo muito para o Japão também. Esse time já mora no coração".
