A maringaense Silvana Aparecida de Assis, 36 anos, foi morta na sexta-feira passada (5), no bairro Beniopa, em Gandia, localidade situada na Comarca de La Safor, na Província de Valência, na Espanha. O corpo de Silvana foi encontrado parcialmente carbonizado e com as mãos amarradas, num terreno próximo ao apartamento onde ela morava. A polícia local suspeita que a maringaense foi assassinada pelo namorado, um marroquino de 26 anos, com quem ela convivia.
Sedival de Assis, irmão de Silvana, contou que só ficou sabendo da notícia nesta terça-feira (9), por meio da amiga da irmã que morava com ela na Espanha. Segundo informações repassadas pela amiga da vítima à família, o corpo de Silvana foi encontrado logo depois que os Bombeiros da cidade foram chamados para conter um princípio de incêndio num parque que fica ao lado do prédio onde morava Silvana. Assim que controlaram o fogo, o cadáver semicarbonizado foi encontrado.
Ao lado do corpo da vítima teria sido encontrado um isqueiro e um saco plástico com as impressões digitais do suposto assassino. A polícia espanhola teria dito que o marroquino com quem Silvana namorava fugiu para o país de origem, logo após ter sido encontrado o corpo. "Além de tirar a vida da minha irmã, todos os pertences e o dinheiro que ela tinha no apartamento foram levados pelo namorado dela", afirma Sedival.
De acordo com o site do jornal El País, Silvana e o namorado estavam ilegais na Espanha. O site afirma ainda que a vítima trabalhava como garota de programa e o marroquino seria o cafetão.
A família de Silvana ficou indignada com a publicação do jornal espanhol. De acordo com Sedival, a irmã trabalhava como prestadora de serviço numa lanchonete de Gandia. "O que publicaram é um absurdo. Ela estava lá havia seis anos e estava trabalhando honestamente. O problema é que para os espanhóis toda mulher brasileira que vai trabalhar no país é considerada prostituta", ressalta. "Não sei nem como agir numa situação dessas. Precisamos de um advogado."
Sidnei de Assis, outro irmão de Silvana, explicou que a família, moradora do bairro Parque Iguaçu, é bastante humilde. "Minha mãe está chocada. Não sabemos como proceder para trazer o corpo dela de volta para cá", diz.
O Itamaraty, órgão vinculado ao Ministério das Relações Exteriores, informou apenas que está levantando o caso.
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