O vice-prefeito de Maringá, Carlos Roberto Pupin, vai protocolar na terça-feira (12) a carta de desfiliação do PDT. De acordo com ele, a saída do partido é motivada pela sua possível candidatura à prefeitura nas eleições do ano que vem. "Estou saindo pela viabilidade à candidatura. Eu não tenho espaço ficando no PDT", afirma.
A provável candidatura de Pupin ganhou força nos últimos dias após seu nome ser apontado como um dos preferidos do PP (partido do prefeito Silvio Barros) para a sucessão. "Por enquanto tudo não passa de conversas. Foi feita uma pesquisa interna com todos os pré-candidatos da coligação e meu nome está na frente. Mas isso não quer dizer que eu seja necessariamente o candidato", ressalta o vice. Nesta terça (12), Pupin apresenta a carta de desfiliação na executiva estadual do PDT. Já na quarta (13), o pedido será protocolado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR). O vice-prefeito ainda não sabe qual será sua nova sigla, mas confirma que propostas do PP e do PSDB estão sendo avaliadas.
Desgaste na reação com Osmar Dias não foi motivo para desfiliação
Pupin se filiou ao PDT em 2002. No entanto, sua relação com o partido estava abalada desde outubro do ano passado, quando o então senador Osmar Dias perdeu as eleições para o governo estadual. Na ocasião, Dias disse que houve falta de empenho por parte de Pupin durante a campanha eleitoral, além de pedir para que o vice-prefeito deixasse a legenda.
Mesmo com o desgaste, Pupin reiterou que sua saída ocorre unicamente pela possibilidade de concorrer a vaga de chefe do Executivo municipal. "O Osmar continua sendo uma pessoa pelo qual tenho o maior respeito, principalmente como amigo e companheiro, independente de questões políticas", explicou o vice-prefeito, que desde 1993 estava ligado ao grupo de Osmar Dias.
Secretário estadual critica possível candidatura de Pupin
O secretário de Estado de Relações com a Comunidade, Wilson Quinteiro (PSB), classificou a provável escolha de Pupin como precipitada. Em nota divulgada no site do parlamentar, Quinteiro afirma que uma possível candidatura do atual vice não seria capaz de reunir os partidos aliados do governador Beto Richa (PSDB) em Maringá.
"Não é possível que a definição do nome à sucessão municipal de Maringá que represente o colegiado destes partidos políticos exclua o governador Beto Richa da cabeceira da mesa como articulador e indique um nome como o do Pupin (PDT) que até hoje representou o ex-senador Osmar Dias (PDT)".
Diante do posicionamento de Quinteiro (que também é um dos pré-candidatos à prefeitura de Maringá), Pupin disse estranhar o posicionamento do secretário estadual. "Quinteiro nunca fez parte da nossa base, está chegando agora. Não sei porque está tão exaltado. Em momento algum eu disse que seria o candidato. Não estou impondo nada", lembra.
Outros nomes cotados pela base governista são o os dos secretários municipais Ulisses Maia (Assistência Social e Cidadania) José Luiz Bovo (Gestão e Fazenda) e Walter Guerlles (Transportes).