O delegado de Cianorte Ítalo Cesar Sêga foi o nome designado pela Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) para assumir a chefia da 8.ª Subdivisão de Polícia Civil (8.ª SDP) de Paranavaí. A resolução de transferência foi assinada na tarde desta quinta-feira (28) pelo secretário Luiz Fernando Delazari. Sêga terá oito dias corridos para assumir a delegacia, contando a partir da publicação da resolução no Diário Oficial. Enquanto isso, segundo a Sesp, a responsabilidade pela divisão policial fica por conta do delegado-adjunto Deoclécio Detros.
Sêga é delegado desde 1997 e já passou pelas cidades de Ibaiti, Jacarezinho, Maringá, Campo Mourão, Cianorte e agora vai para Paranavaí. Será a primeira vez que assumirá o cargo de delegado-chefe. "Não tem muito segredo. A região apresenta os mesmos tipos de problemas, como tráfico de drogas e crimes contra o patrimônio", disse ele em relação ao novo desafio.
Outro problema com o qual Sêga vai se deparar será a superlotação da cadeia. A carceragem da delegacia tem cerca de 216 metros quadrados e capacidade para 37 presos, mas está com 158. São apenas três funcionários responsáveis.
Na mesma resolução assinada nesta quinta-feira, a Sesp determinou que Detros deverá assumir a Delegacia de Cianorte, que ficará com a vaga em aberto. O delegado terá o mesmo prazo de oito dias para mudança.
Afastamento
A nomeação ocorreu três dias depois do afastamento do delegado Marcolino Aparecido da Costa da chefia da delegacia da cidade por determinação da juíza Rosangela Faoro, da 1.ª Vara Civil de Paranavaí. A justiça atendeu pedido da Promotoria de Justiça da comarca, feito pela promotora Andrea Pussi Baradel. Segundo a promotoria, o delegado estaria interferindo no andamento de duas ações penais às quais responde, uma por tortura e outra por prevaricação e falsidade ideológica. Outros quatro policiais estariam sendo investigados. Cabe recurso da decisão.
A promotora do caso retificou a entrevista dada nesta quarta-feira à reportagem do Jornal de Maringá. Em nota, Andrea explica que a Promotoria em momento algum disse à reportagem que Costa estaria "coagindo as vítimas que teriam sido torturadas por ele e por outros policiais da corporação."
Segundo a promotora, a presença de Costa no cargo não seria compatível com o fato de estar respondendo às referidas denúncias criminais e não à coação. O texto diz ainda que os quatro policiais investigados citados na matéria já foram removidos de Paranavaí há algum tempo.
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