Não há previsão de duplicação de outros trechos

Conhecida como Corredor da Moda, por ligar cidades do polo de confecções do Noroeste, a PR-323 ganhou outro apelido, a "rodovia da morte". O trecho causa dezenas de vítimas em acidentes todos os anos, o que fez com lideranças de todas as cidades do percurso se unissem numa campanha pela duplicação do trecho.

Segundo o DER, já existe um estudo sobre a viabilidade de duplicação da estrada, mas por enquanto, não há previsão de abertura de licitação para obras de outros trechos.

Junto com a BR-272, entre Maringá e Guaíra, a estrada é uma das principais rotas de sacoleiros que buscam o Paraguai para fazer compras, num fluxo diário de cerca de 40 mil veículos em 210 quilômetros.

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Um trecho da PR-323 deve ser duplicado a partir do ano que vem. O anúncio foi feito nesta terça-feira (23) pelo diretor geral do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), Nelson Farhat. Segundo ele, as obras devem ser realizadas no trecho de quase R$ 4 quilômetros entre Maringá e Paiçandu.

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"Já existe um projeto que está em fase final de execução pela superintendência regional Noroeste. Especificamente este trecho será colocado para a lei orçamentária de 2012", afirmou em entrevista para a RPC TV Maringá. A obra, estimada em R$ 40 milhões, prevê a construção de várias trincheiras e viadutos.

Apesar da curta distância, o trecho entre Maringá e Paiçandu é considerado um dos mais críticos da PR-323, chegando a receber cerca de 25 mil veículos por dia. Somente no primeiro semestre deste ano, a Polícia Rodoviária Estadual registrou 69 acidentes entre as duas cidades.

Entre janeiro e junho, três pessoas já morreram neste trecho, o mesmo número de mortes de todo ano passado. O número elevado de acidentes é motivado pelo tráfego intenso do local, que sofre com engarrafamentos nos horários de pico.

Para evitar as longas filas, muitos motoristas e motociclistas se arriscam circulando na contra-mão e fazendo ultrapassagens em locais proibidos. O volume de veículos é tanto que até mesmo alguns pontos do acostamento chegam ficar congestionados.

Segundo o tenente Christian Nogueira, a PRE fiscaliza o trecho, principalmente nos horários entre 7h e 10 horas e entre as 17h e 19h, quando o fluxo é maior. "Em uma operação de uma hora e meia, os policiais chegam a confeccionar 25 autos, ocasionadas principalmente por ultrapassagens proibidas, forçadas e pelo acostamento", explicou.

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