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O preço médio da cesta básica em Maringá foi pouco influenciado pela desoneração dos impostos PIS/PASEP e Confins em vigor desde 8 de março. É o que apontou o levantamento divulgado pelo Procon na quinta-feira (20). Segundo o estudo, o valor médio da cesta está em R$ 331,87, índice apenas 3,58% menor do que o constatado em abril deste ano, quando o preço era de R$ 344,20.

Segundo o diretor do Procon de Maringá, João Luiz Regiani, apenas alguns itens da lista foram impactados pela desoneração e muitos produtos ainda não receberam a redução proporcional que estava prevista. "Isso é preocupante porque já se passaram três meses da redução e o consumidor ainda não sentiu o reflexo no bolso", apontou Regiani.

A queda se concentrou com maior força no setor de carnes, onde o preço médio caiu de R$ 122,24 para R$ 112,35, diminuição de 8,05%. O quilo do corte suíno bisteca da copa liderou os descontos e está 21,93% mais barato em relação a pesquisa do mês de abril, passando de R$ 8,48 para R$ 6,62.

Mas para o consumidor que não tem o hábito de fazer pesquisas, a diminuição do preço da bisteca pode passar despercebido, já que foi registrado com a maior diferença de valor entre as carnes, atingindo mais 85% de variação entre os supermercados pesquisados.

O tomate, considerado um dos "vilões" da lista de compras, puxou a queda no setor de hortifrutigranjeiro. A diminuição foi de 17,53% na qualidade "rasteiro", passando de R$ 5,82 para R$ 4,80. Outro item de hortifruti que também contou com uma redução considerável no preço foi a dúzia de ovos, que diminuiu 6,94%, poupando cerca de 35 centavos do bolso do consumidor.

Outros itens como açúcar, margarina, café moído, óleo, papel higiênico e creme dental também tiveram reduções significativas com a desoneração dos impostos.

Produtos na cesta básica podem ter variação de mais de 200%

A pesquisa do Procon também revelou que a diferença de preços entre os itens da cesta básica chega a ultrapssar os 200% entre os estabelecimentos pesquisados. O setor que apresentou maior variação foi o de hortifrutigranjeiros, com itens como a banana caturra, encontrada por R$ 0,75 e por R$ 2,29 o quilo, uma variação de 205%. Outras grandes diferenças de preço foram encontradas na batata monalisa (164%), alho importado (126%), tomate rasteiro (100%).

No total da lista de 71 itens de quatro segmentos (mercearia, higiene e limpeza, hortifrutigranjeiros e carnes) pesquisados pelo Procon, a variação dos maiores e menores preços entre os estabelecimentos de Maringá é de 45%. Se o consumidor optasse somente pelos produtos mais baratos pagaria R$ 277,48, já na compra mais cara, pode pagar até R$ 402,41.

Outros segmentos também tiveram variação, mas com índices menores. É o caso das carnes (53%), os produtos de higiene e limpeza (33%), e com menor oscilação, os itens de mercearia, com 29%.

"O consumidor não deve se contentar apenas com a pesquisa realizada pelo Procon, que só abrange oito estabelecimentos. É recomendável que as pessoas levem a lista para os mercados onde usualmente faz suas compras e faça seu próprio comparativo. Assim cada um pode avaliar o impacto da pesquisa no próprio orçamento", recomendou Regiani.

O levantamento foi realizado entre os dias 12 e 14 deste mês em oito supermercados da cidade: Angeloni, Big, Bom Dia,Camilo, Cidade Canção, Condor, Mercadorama e Muffato. A pesquisa completa pode ser acessada no site do Procon de Maringá.

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