Haverá protestos em Campo Mourão e Paranavaí

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O movimento "O Paraná que Queremos", iniciativa da Ordem dos Advogados do Brasil do Paraná (OAB-PR) pela maior transparência e ética na gestão pública, será realizado em diversas cidades do Paraná nesta terça-feira (8). Em Maringá contará com a participação de 22 entidades. Um protesto está previsto para 18h, e deve mobilizar todo o centro da cidade com um buzinaço. Segundo o organizador do movimento e vice-presidente da OAB-Maringá, César Moreno, a concentração ao lado da Travessa Guilherme de Almeida pretende encontrar muitas pessoas nas ruas. "Esse horário em que o pessoal está saindo do trabalho e outros estão começando novo turno", disse. Com essa estratégia, os organizadores querem ganhar a colaboração de muitos motoristas que estarão passando pelo local no fim do expediente.

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Como as pessoas trabalham e muitas vezes não podem participar das manifestações, dessa vez a mobilização pretende atingir o cidadão que estará passando pelo local. A organização conta ainda com a presença de membros das várias entidades, que fará uma caminhada entre a sede do Sindicato dos Comerciários (Sincomar) e a Praça da Rodoviária Velha. São signatários do movimento, o Sindicato Rural de Maringá, Associação de Reflexão e Ação Social, Conselho de Leigos da Arquidiocese, Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim), Sociedade Eticamente Responsável (SER), entre outras.

A manifestação é uma reação às irregularidades mostradas pela Gazeta do Povo e pela RPC TV na série "Diários Secretos". O movimento, encabeçado pela seccional Paraná da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e apoiado por 434 entidades, 859 empresas e 20.659 pessoas físicas, defende três eixos principais. O principal é o afastamento dos integrantes da Mesa Diretora da Assembleia, mas a medida não é consenso entre os políticos. Também são pedidos a adoção de medidas moralizantes na casa e a instituição de um observatório social no estado.

De acordo com Moreno, o objetivo agora é ir à praça pública e demonstrar a indignação da sociedade frente aos desmandos que vêm sendo denunciados. Os presentes terão a oportunidade de subscrever o nome no manifesto. "Essa é a oportunidade de fazermos uma reflexão e defendermos a democracia. Vamos propor a discussão em vários âmbitos, como escolar, familiar e no trabalho. É um momento ímpar para colocarmos nossa liberdade de expressão", disse.

O advogado ainda lembrou que este é um ano eleitoral e é necessário cobrar e assegurar a transparência e ética na política. Somente assim, escândalos como o que foi constatado na Assembleia do Paraná deixarão de se repetir. "Tudo começou com a descoberta de funcionários fantasmas. A situação deixou a sociedade do Paraná perplexa. Essa é a palavra. Perplexa", enfatizou.

O juiz maringaense e presidente da Associação Paranaense dos Juízes Federais (Apajufe), Anderson Furlan, diz que a expectativa para amanhã é grande. "Conversando com as pessoas, recebendo e-mails, temos percebido a indignação e a vontade de mudar isso."

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A Apajufe, diz Furlan, está trabalhando em um projeto de transparência para regular a atuação dos três poderes, do Tribunal de Contas e do Ministério Público. "Queremos que essas denúncias surtam efeito. Queremos que toda sociedade possa acompanhar o trabalho da instituições. Queremos que qualquer cidadão tenha acesso às informações e não que isso continue a ser um trabalho para jornalistas abnegados."