A doceira Margareth Aparecida Marcondes, de 45 anos, foi denunciada ontem pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) por tentativa de homicídio duplamente qualificado contra cinco adolescentes de Curitiba. Ela foi presa no dia 31 de março, em Santa Catarina, e teria confessado à polícia que colocou veneno de rato nos brigadeiros enviados a Thalyta Machado Teminski, de 15 anos. O objetivo dela era adiar a festa da menina porque havia gasto o dinheiro recebido antecipadamente.
Na denúncia, a promotora de Justiça Marilu Schnaider Paraná de Sousa sustenta que, além de utilizar veneno, que por si só já é uma qualificadora para o crime, o fato de a substância ter sido inserida nos doces também comprometeu a chance de defesa das vítimas, que não sabiam o que estavam ingerindo.
"A denunciada, ainda em Joinville (SC), preparou diversos brigadeiros, elaborados com pedaços de veneno de rato, fazendo parecer que se tratava de doces para degustação", diz trecho da denúncia. Um taxista entregou os brigadeiros e os adolescentes passaram mal após ingerir os doces. A aniversariante ficou internada na UTI do Hospital de Clínicas (HC) por mais de uma semana.
Prisão
Margareth está detida no Centro de Triagem I, no Centro de Curitiba. Além de responder pelos crimes no Paraná, Margareth deve ser acusada também pela Polícia Civil de Santa Catarina de tentativa de homicídio, devido a agressão ao marido Nercival Cenedezi, 49 anos. Ele foi encontrado gravemente ferido no último dia 22 em Joinville (SC), depois de ter sido espancado pela doceira porque ela não conseguiu coragem para confessar o envenenamento a ele. O marido recebeu alta do Hospital Dona Helena em Joinville neste fim de semana e deverá depor daqui a 10 ou 15 dias.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Ataque de Israel em Beirute deixa ao menos 11 mortos; líder do Hezbollah era alvo