Denúncias motivaram operação
A operação, realizada em conjunto com o Ministério Público Estadual,foi realizada após diversas denúncias encaminhadas por empresas que haviam sido lesadas pelos criminosos. Segundo a Polícia Federal, os criminosos utilizam diversos métodos para executarem os crimes, como lançamento fictício de descargas nos sistemas de terminais portuários, substituição de fertilizantes desviados por produtos de menor valor e carregamentos de caminhões com placas clonadas e documentos falsos que nunca chegam ao destino.
A Polícia Federal e a Polícia Militar iniciaram nesta quarta-feira (6) a Operação Colônia, que busca desmantelar seis quadrilhas envolvidas com desvios de carga no Porto de Paranaguá, no litoral do estado. Somente na região de Maringá, 12 pessoas foram presas acusadas de envolvimento no esquema. A PF estima que duas mil toneladas de grãos tenham sido desviadas do porto apenas neste ano. Até o fim da tarde, 63 pessoas tinham sido presas em todo o Paraná.
Segundo a PF, as prisões na região ocorreram em Maringá, Mandaguari e Marialva. Entre os detidos está um fiscal da Receita Estadual. No total, estão sendo cumpridos 121 mandados de prisão preventiva e 98 de busca e apreensão nos estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Todos os mandados foram expedidos pela 1.ª Vara Criminal de Paranaguá.
Entre os membros das quadrilhas, estão caminhoneiros, funcionários de terminais portuários, donos de empresas de fachada que fazem a emissão de notas frias - e receptadores. Além disso, outras pessoas eram intermediárias e passavam informações sobre as cargas desviadas.
Os intermediários também aliciavam os responsáveis pela pesagem das cargas em empresas e transportadoras. Um advogado de Paranaguá seria o responsável por esses aliciamentos e também era procurado pela PF.
Empresas lesadas serão informadas
De acordo com comunicado repassado pela Polícia Federal, as empresas lesadas não terão os nomes divulgados, mas seus proprietários serão contatados nos próximos dias para auxiliarem nas investigações e fornecerem mais documentação comprobatória dos crimes.
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