As obras de drenagem e sustentabilidade no Horto Florestal começaram em 14 de agosto há exatamente uma semana - segundo o engenheiro civil Maycon Palma, da empresa licitada e responsável pelas obras, Contersolo Construtora de Obras Ltda, de Mandaguaçu. O início dos trabalhos foi determinado pela ordem de serviço assinada pelo prefeito Carlos Roberto Pupin (PP) em 7 de agosto.
Palma explica que a construtora tem o prazo de um ano para concluir a drenagem das galerias e captação de água dentro do horto. "A maior dificuldade dessa obra é que trabalhamos dentro da erosão. Então, dependemos de períodos de tempo seco para poder construir. Por isso, o prazo só não será cumprido caso haja períodos de chuvas muito intensos e fora do normal."
As obras, que custarão R$ 3,8 milhões ao Município, visam a implantação de gabiões, o mesmo tipo de canalização de água a céu aberto instalado no Parque do Ingá. A empresa deverá realizar escavações, reaterros mecânicos, configuração do canal dissipador, com o fim de combater as erosões no local,causadas pela falta de uma zona de amortecimento em torno da área de mata nativa.
Os 36 hectares de mata, de propriedade da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, recebe há mais de 20 anos água do despejo de chuvas canalizadas de toda bacia da Zona 5. A situação é agravada pelo fato de o horto estar em uma área que é ponto de encontro de duas bacias hidrográficas, a dos rios Ivaí e Pirapó, que naturalmente causam o processo erosivo.
"Na parte mais baixa da reserva é possível verificar as consequências desse despejo que serão reparadas com a obra", afirmou o secretário municipal de Meio Ambiente, Humberto Crispim.
A revitalização do Horto Florestal foi determinada por uma sentença judicial do Ministério Público do Paraná (MP-PR) que, no início de 2012, sinalizou que a Prefeitura deveria elaborar um plano de manejo da reserva e, posteriormente iniciar as obras.
Reabertura depende de revitalização da aérea
A reabertura do Horto Florestal de Maringá depende da conclusão do plano de manejo e da realização das adequações necessárias no interior da aérea. A declaração foi dada pelo advogado da empresa proprietária da reserva, a Companhia Melhoramentos, Erik Guedes Navriocky, em audiência pública realizada em 18 de abril deste ano. O horto foi fechado ao público em 2003 por ordem da Justiça, por conta do risco de degradação da área.
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