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PR-323 é uma das rodovias mais movimentadas e perigosas da região Noroeste | Divulgação/AEN
PR-323 é uma das rodovias mais movimentadas e perigosas da região Noroeste| Foto: Divulgação/AEN

Na gestão Richa, duplicação se resumirá a trecho entre Maringá e Paiçandu

Apesar de o governador Beto Richa (PSDB) ter afirmado que a duplicação da PR-323, conhecida como "rodovia da morte", ser uma de suas prioridades, apenas um trecho de 3,8 quilômetros, entre Maringá e Paiçandu, está sendo efetivamente remodelado. As obras de duplicação começaram em setembro de 2012 e devem terminar até março de 2014.

O superintendente do Departamento de Estradas e Rodagens (DER) em Maringá, Osmar Lopes Ferreira, confirmou, na manhã desta segunda-feira (2), que apenas o trecho entre Maringá e Paiçandu deve ser duplicado até 2014, quando termina a gestão Richa. "Reconhecemos que existem outros trechos críticos na PR-323, mas a duplicação desses locais ainda está em fase de estudos."

Ferreira lembra que, recentemente, o governo estadual liberou R$ 800 milhões para a conservação das rodovias estaduais. "A PR-323 está contemplada, por enquanto, neste projeto até que o governo estadual anuncie novas decisões para as rodovias."

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Em menos de 15 dias, três pessoas morreram e seis ficaram feridas em três acidentes registrados em um trecho de 5 quilômetros da rodovia PR-323, entre Umuarama e Cruzeiro do Oeste , no Noroeste do Paraná. Todos os acidentes aconteceram nas proximidades do posto de Polícia Rodoviária Estadual (PRE) de Cruzeiro do Oeste.

O tenente da PRE Eliseu Gonçalves afirma que, nesses três acidentes, assim como na maior parte dos outros registrados no trecho, a imprudência dos motoristas foi a principal causa. A ultrapassagem em locais proibidos é responsável pela maioria das colisões frontais, o tipo de acidente que mais mata na PR-323. "Por isso, não acredito que a duplicação do trecho ajude a baixar o número de acidentes."

Além da imprudência, Gonçalves pontua que o grande fluxo de veículos entre Umuarama e as cidades próximas eleva o índice de acidentes, que acontecem geralmente no início e final do dia. "As pessoas usam a rodovia como trajeto para ir trabalhar em outra cidade. O problema é que elas esquecem que a PR-323 é uma rodovia perigosa e de tráfego intenso e negligenciam a atenção."

O tenente defende que o trecho é bastante sinalizado, além de contar com intensa fiscalização dos agentes de trânsito. Mesmo assim, muitas mortes ainda são registradas em acidentes que poderiam ser evitados.

Em um ano, número de mortes no trecho administrado pela PRE de Cruzeiro do Oeste cresceu 30%

Na comparação com 2012, o período compreendido entre janeiro e setembro deste ano registrou 30% a mais de mortes em acidentes no trecho de cobertura da PRE de Cruzeiro do Oeste, que vai de Tapejara a Alto Piquiri, com cerca de 85 quilômetros de extensão. No mesmo período, toda a PR-323, que tem cerca de 200 quilômetros, registrou queda de 24% nos óbitos.

Entre janeiro e 1º de setembro de 2012, dez pessoas morreram e 129 ficaram feridos em 246 acidentes. No mesmo período deste ano, todos os índices subiram. Foram 13 óbitos, 142 feridos e 262 acidentes.

Nos 200 quilômetros de toda a PR-323, foram registrados 47 mortos, 338 feridos e 550 acidentes, entre janeiro e 1º de setembro de 2012. Neste ano foram 38 mortos, 376 feridos em 575 acidentes.

Últimos acidentes entre Umuarama e Cruzeiro do Oeste

O último acidente aconteceu por volta das 16h40 de domingo (1º) e matou Rodrigo Gavazzoni Fernandes, 29 anos. Segundo a PRE, ele dirigia um veículo Celta, com placas de Tapejara, quando perdeu o controle da direção e capotou. Uma equipe do Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma e Emergência (Siate) chegou a ser acionada, mas vítima morreu antes de ser socorrida. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Umuarama.

Em 25 de agosto, um acidente envolvendo três veículos matou uma pessoa e feriu outras cinco também. José Toshiaki Matsumoto, 69 anos, dirigia um Corsa, com placas de Cruzeiro do Oeste, quando foi atingido lateralmente por um Vectra que seguia em sentido contrário. Matsumoto morreu na hora. O motorista do Vectra, com placas de Paranaíba (MS), que teria causado o acidente, abandonou o carro e fugiu sem prestar socorro.

Outras cinco pessoas ficaram feridas nesse acidente: dois passageiros do Vectra, um homem de 22 anos e outro de 34 anos, e três passageiros do Corsa, dois adolescentes de 13 anos e de 17 anos e uma mulher de 49 anos. Todos os feridos foram encaminhados ao Hospital São Paulo, em Umuarama, sem gravidade.

O outro acidente aconteceu em 21 de agosto e envolveu dois veículos e um caminhão. O acidente matou Orlando Biaca, 73 anos. Após a colisão frontal entre o carro de Biaca e um caminhão, um segundo carro, de modelo e placas não informados, não conseguiu desviar e também se envolveu no acidente. O motorista do segundo carro ficou ferido e foi encaminhado ao Hospital Cemil, em Umuarama. O motorista do caminhão não se feriu.

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