Professor explica impacto
Como a maioria das colisões contra postes ocorre em alta velocidade, a força do impacto é muito grande. Segundo o professor de física da Universidade Estadual de Londrina (UEL) Alexandre Urbano, um carro de 800 quilos que trafega a 100 km/h bater contra um poste e demorar 3 segundos para parar tem peso equivalente a um objeto de oito toneladas que se choca contra um obstáculo parado. Quanto maior for o tempo que o automóvel levar para parar, menor a força do impacto.
No ano passado, uma média de 54 postes de luz foi destruída por mês em acidentes de trânsito na região Noroeste do Paraná. No acumulado do ano, foram 650. Em Maringá, a média foi de 18 acidentes mensais e no total, 221. Os dados são da Companhia Paranaense de Energia (Copel), que atende a 108 municípios região.
O mês mais crítico na região foi agosto, quando 69 postes foram destruídos por veículos que bateram neles. Já em Maringá, somente em novembro foram registrados 23 casos. No acumulado do ano, a reposição dos postes custou R$ 682.500 na região e R$ 232.050 em Maringá.
Segundo a Copel, o motorista identificado como causador do dano ao poste tem de arcar com os custos da troca. "Geralmente esses dados constam no boletim de ocorrência ou os populares passam as informações necessárias para a localização", informou o gerente do Departamento de Receita da Copel, Cláudio Aires de Souza.
O custo médio de cada poste é de R$ 1.050. Se o motorista não tiver condições de efetuar o pagamento à vista é feito um parcelamento na conta de luz ou por boleto bancário. Aires de Souza disse que a maioria dos casos é resolvida por via administrativa, sem necessidade de acionar a Justiça.
Vias com maior incidência do tipo choque
De acordo com a Secretaria de Trânsito do 4º Batalhão de Polícia Militar, o número de acidentes do tipo choque, no qual estão inclusos os casos envolvendo postes, cresceram 65,9% em comparação entre janeiro deste ano e o mesmo período de 2012.
Em 2013, foram 73 acidentes, contra 44 registrados em janeiro de 2012. Segundo a PM, nesse índice são contabilizados, além de batidas contra postes, acidentes envolvendo muros e objetos fixos, como placas de sinalização.
De acordo com a PM, as vias com maior incidência desse tipo de acidente em janeiro deste ano foram a Avenida Doutor Teixeira Mendes (4), a Avenida Pedro Taques (3), a Avenida Duque de Caxias (3) e a Rua Néo Alves Martins (3).
A Avenida Paraná e a Avenida Brasil registraram apenas uma ocorrência de choque cada em janeiro deste ano.