Nesta quarta-feira (10), a Secretaria de Saúde confirmou 28 novos casos de dengue em Maringá. Com isso, o município já registrou 77 pessoas com a doença, ou seja, em 41 dias, a quantidade superou o volume registrado em todo o ano passado, quando foram confirmados 69 casos.
A situação preocupa o secretário municipal da Saúde, Antônio Carlos Nardi. Segundo ele, desde o início do verão o Comitê Municipal de Combate à Dengue vem trabalhando com maior intensidade. "Os agentes estão conseguindo fechar o ciclo de visitas domiciliares com 30 dias em média, praticamente metade do tempo normal. Agora as pessoas devem entender que eles não limpam os quintais, apenas vistoriam e orientam. A comunidade precisa fazer a parte dela".
Com a proliferação da dengue, a Prefeitura de Maringá está multando todas as pessoas cuja residência ou comércio apresente focos do mosquito Aedes aegypti. Nos quarenta primeiros dias de 2010, já foram onze multas número igual ao aplicado durante todo o ano passado.
A penalidade (baseada em uma lei municipal) é imposta nos casos em que os focos são encontrados mais de uma vez, varia entre R$ 175 e R$ 16 mil, conforme o número de criadouros e o histórico do morador ou comerciante. A previsão é de que o total de multas deve crescer nos próximos dias, já que há muitos cidadãos foram notificados e, na próxima visita dos agentes de saúde, podem ser penalizados.
Campanhas
Na última terça-feira (09), a Secretaria de Saúde de Maringá iniciou a campanha "Volta às Aulas sem Dengue", que busca mobilizar 28,5 mil alunos das escolas municipais. Já nesta sexta-feira (12) será lançada a campanha "Carnaval sem Dengue", com a presença do secretário de Estado da Saúde, Gilberto Martin. O lançamento será às 11 horas na Praça Raposo Tavares.
Região de Maringá lidera casos
Antes mesmo desse aumento registrado nos casos de Maringá, a área da 15ª Regional de Saúde já liderava a quantidade de casos registrados no Paraná, com 55 ocorrências (sendo 11 importados), seguido por Foz do Iguaçu, com 25 e Londrina com 23. Além de contar com um terço dos casos do Paraná, a 15ª Regional de Saúde de Maringá ainda apresentou a média de 6,14% de incidência de infestação predial, sendo que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde é que o número deva ser menor que 1%, ou seja, a cada 100 imóveis vistoriados menos de um imóvel deve tem larvas do mosquito Aedes aegipty.
Ainda de acordo com o último levantamento da Sesa (referente até dois de fevereiro), três cidades da região Noroeste estão entre as cinco com maior índice de infestação do Estado. É o caso de Doutor Camargo (24,6%), Ângulo (13,9%), Astorga (10%). A reportagem do JM entrou em contato com o secretário de saúde de Doutor Camargo, Marcos Antônio Batista, que afirmou que o índice divulgado não procede e que o erro ocorreu na captação de dados no município.
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