O número de mortes na PR-323 subiu praticamente 100% entre 2011 e 2012. Segundo balanço foi divulgado na quinta-feira (10) pela Polícia Rodoviária Estadual (PRE) foram 66 óbitos no ano passado, contra 34 no ano anterior, um aumento de 94,11%.
O tenente João Francisco Gimenez atribuiu a dois fatores o crescimento no número de mortes na chamada Rodovia da Morte: a imprudência dos motoristas e o caso de agosto do ano passado, que envolveu cinco veículos, matou 10 pessoas e feriu outras 89.
"Foi um caso pontual, trágico", lembrou o tenente. "É a rodovia da região com o maior fluxo, ligando Maringá, Cianorte, Umuarama e o Paraguai. Nos trechos de pista simples, as pessoas não têm paciência. Ultrapassam sem segurança, o que leva a colisões frontais."
Em relação a todas as rodovias estaduais da região, houve 36 mortes a mais: 226 em 2012 e 190 em 2011. Foram, ao todo, 3.045 acidentes, a maioria no fim de semana: 52%. "No meio de semana, os motoristas estão a trabalho ou são profissionais da estrada, pessoas acostumadas com rodovia. No fim de semana, esse quadro se transforma: as pessoas voltam para casa e o pessoal da cidade sai para passear. São os domingueiros, geralmente sem experiência."
Levando em consideração todos os dias da semana, domingo registrou o maior número de acidentes no ano passado, com 614 casos, seguido pelo sábado (531) e sexta-feira (439). O dia mais "tranquilo" foi terça-feira, com 350 acidentes ao todo.
Apesar do aumento na quantidade de mortes, o número total de acidentes na PR-323 caiu. Foram 752 em 2012, contra 822 em 2011 e 887 em 2010. "Conseguimos reduzir os acidentes, o que é um dado positivo quando levamos em consideração o crescimento anual de frota em 8%", declarou o tenente.
O balanço da polícia também apresentou os números de multas nas estradas por excesso de velocidade, ingestão de bebida alcoólica e ultrapassagens em locais proibidos. O dado subiu 20% entre 2011 e 2012, passando de 46.274 para 55.747 multas.