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Política

Em visita a Maringá, Álvaro Dias critica governo Beto Richa

Senador esteve em Maringá para ser paraninfo durante a colação de grau do Cesumar | Camila Cabau / Assessoria de Imprensa do Cesumar
Senador esteve em Maringá para ser paraninfo durante a colação de grau do Cesumar (Foto: Camila Cabau / Assessoria de Imprensa do Cesumar)

O senador Álvaro Dias (PSDB) esteve em Maringá esta semana para ser paraninfo na formatura dos estudantes do Centro Universitário de Maringá (Cesumar). Durante visita à cidade, Dias concedeu entrevista coletiva à imprensa e fez duras críticas aos governos federal e do Paraná que, segundo o senador, administra o estado sem oposição.

Dias lembrou que o governador Beto Richa (PSDB) criou cargos no próprio governo para diversas pessoas de partidos contrários à atual gestão. "Esse modelo de balcão de negócios é a matriz da corrupção neste país", criticou. "O único partido com base ou estrutura forte e que não está no governo é o PT [Partido dos Trabalhadores]. Mas o PT deve ter vergonha de fazer oposição em função do que acontece em Brasília (DF)."

Apesar de ser do mesmo partido do governador, Dias nunca escondeu que não gosta da forma como o Paraná é conduzido. O senador disse acreditar que a falta de "combate" da oposição facilita o trabalho do governo. "Com a redução da oposição, fica reduzido também o espaço para a crítica, a denúncia ou a investigação", opinou. "Assim, o governo pode errar mais confortavelmente."

Segundo Dias, a situação é a mesma que vive o Governo Federal. Para tal afirmação, citou a vitória do senador Renan Calheiros, agora presidente do Congresso Nacional. "A oposição não consegue evitar isso porque foi reduzida à insignificância numérica. Entre os 81 senadores, temos 15 na oposição. São 11 do PSDB e quatro do DEM. A oposição é isso: é dispensável nos momentos de decisão", comentou ele, que ainda disse que a situação foi mais um motivo para "achincalhe nacional".

O senador também criticou o governo de Dilma Rousseff (PT) e disse que a eleição de Calheiros para o Congresso Nacional foi uma forma de mudar o foco da população e das investigações. "Enquanto a luz da imprensa investigativa se volta ao Congresso Nacional, o Executivo fica na penumbra, nas escuras, escondido", declarou.

O senador participou na quinta e sexta-feira (8) da colação de grau dos alunos do Cesumar.

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