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Empresa planejou a nova Av. Brasil

A Logitrans já prestou serviços para a prefeitura de Maringá. A empresa curitibana foi a responsável pelo projeto de revitalização da Avenida Brasil, prevendo melhorias no trecho entre as praças Souza Naves e 31 de Março, como a instalação de terminais e a criação de faixas exclusivas para o transporte coletivo.

Durante a apresentação dos estudos, em abril de 2007, o sócio da empresa, Luiz Garrone, afirmou que 22,5 mil usuários haviam sido entrevistados para a realização do projeto. "Com a pesquisa identificamos a demanda atual de Maringá e verificamos que mais de 80% das viagens são para a zona central da cidade. Por isso, fizemos um estudo para diminuir alguns trajetos, colocar mais ônibus nos horários de pico e, principalmente, conseguir diminuir o tempo de espera dos passageiros", afirmou, na ocasião, ao site da prefeitura.

A Logitrans foi criada em Setembro de 1997 em Curitiba e conta com filiais no México e na Colômbia, conforme informações que constam no site da empresa. Já prestou serviços em 50 cidades do Brasil, além de municípios outros sete países.

A prefeitura de Maringá escolheu na segunda-feira (19) a empresa que ficará responsável pela elaboração do projeto do novo sistema de transporte coletivo do município. O trabalho será feito pela Logitrans Logística e Engenharia de Transportes, de Curitiba, que venceu a licitação para o serviço.

De acordo com o gerente do Transporte Público da Secretaria dos Transportes (Setran), Mauro Menegazzo, a empresa realizará uma pesquisa que definirá quais ações serão tomadas pela prefeitura. "Essa avaliação mostrará o que a população quer. Com base nesses dados, vamos definir nossa linha de ação", explicou.

Atualmente, Maringá conta com 57 linhas e 255 veículos, que transportam cerca de 90 mil passageiros por dia. Entre os pontos que serão analisados pela Logitrans, estão a inclusão, exclusão e modificação de linhas; e adequação de horários dos ônibus. O trabalho deve ser concluído no prazo de oito meses. "Será uma grande reformulação", afirmou Menegazzo.

Apesar de salientar a importância dos estudos para mudança no transporte coletivo, a vereadora Marly Martin (DEM) não deixou de fazer críticas. Para ela, o prazo de oito meses para a conclusão do projeto é exagerado. "É muito tempo para algo que é reivindicado há anos. Isso poderia ser respondido em 30 ou, no máximo, em 60 dias."

Licitação pode ter mais de um lote

Além da elaboração de projeto para o sistema de transporte público, a Logitrans também será a responsável por prestar assessoria especializada para o processo licitatório do transporte coletivo.

Em janeiro, o prefeito Silvio Barros (PP) disse, em entrevista ao Jornal de Maringá, que o estudo de modelagem abordaria inclusive a possibilidade de dividir a cidade em lotes para a licitação. "Esse trabalho vai analisar toda a demanda do transporte coletivo, as perspectivas do novo sistema e aí poderemos definir se vamos ter um, dois ou três lotes na licitação".

Na ocasião, ele ainda salientou que a medida não vai garantir o fim do monopólio. "Ainda que nós tivermos a divisão, quem de nós poderá garantir que uma mesma empresa não ganhe dois ou três lotes? É importante a população perceber que nós estamos trabalhando e vamos fazer a melhor equação para um transporte de qualidade e tarifa baixa."

Projeto custará R$ 139,6 mil

O trabalho da Logitrans custará R$ 139,6 mil. Trata-se da proposta com valor mais baixo entre as quatro empresas que participaram da licitação, realizada por convite. Para a comissão que organizou o processo licitatório, o preço proposto pela vencedora está dentro do valor praticado pelo mercado.

Mesmo com o parecer da comissão, a vereadora Marly Martin solicitou que a prefeitura repasse informações sobre as empresas participantes do processo. O objetivo é analisar a existência de um possível direcionamento.

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