Representantes de mais de 25 entidades de Maringá lançaram, na noite de segunda-feira (11), um manifesto a favor do possível aumento no número de vereadores da cidade, de 15 (número atual) para até 23. O documento será entregue ao presidente da Câmara, Mário Hossokawa (PMDB), na tarde desta terça-feira (12).
"Apresentamos nossas justificativas para apoiar o aumento. Acreditamos que a discussão para o aumento no número de vereadores não pode ficar apenas na parte econômica. É preciso debater a democratização do poder público", explica Luiz Donadon Leal, um dos representantes do Observatório das Metrópoles, entidade responsável pela organização do movimento.
No documento, as entidades apresentam duas principais justificativas para apoiar o possível aumento. Uma delas é o fator histórico. "Maringá teve 15 vereadores na segunda legislatura quando o município tinha menos de 50 mil habitantes. Isso em 1956. Historicamente 15 vereadores em 2011 é como se a cidade tivesse 80 mil habitantes", lembra Donadon.
Outro aspecto defendido pelas entidades responsáveis pelo movimento, é a democratização do poder público. Segundo Donadon, é preciso aumentar a representatividade de certos grupos de Maringá na câmara, como homossexuais, movimentos religiosos etc. "Aumenta a chance destes grupos expressarem suas opiniões e terem representatividade."
Reuniões serão realizadas pelos organizadores do "movimento em defesa do fortalecimento da democracia com 23 vereadores em Maringá", todas as segundas-feiras no Observatório das Metrópoles, na UEM. Aproximadamente 25 entidades participam do movimento, dentre elas: associações de moradores, partidos políticos, sindicatos e universidades.