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Maringá deverá ultrapassar marca de 10 mil novos empregos no ano

Pela primeira vez, Maringá deve ultrapassar a marca de 10 mil novos empregos gerados em um ano. A estimativa foi dada com base no estudo feito pela Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim), que espera a contratação de pelo menos 1,1 mil trabalhadores temporários neste fim de ano.

O número deverá ser o maior do que o registrado em 2010 (1.035 vagas) e 2012 (1.080 vagas), sendo apenas menor do que o registrado em 2011, quando foram gerados 1.543 empregos temporários.

De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), entre janeiro e setembro deste ano, foram criados 9.825 empregos formais em Maringá, um recorde nos últimos dez anos.

No mês passado, o comércio foi o maior gerador de novos empregos, criando 463 vagas. Em seguida ficou o setor de serviços, com 383 novos postos de trabalho, seguido pela indústria, com 173 novos empregos formais, e a construção civil, com 146.

Todas as semanas, a Agência do Trabalhador de Maringá disponibiliza a lista com vagas abertas para contratação. Ao longo deste segundo semestre, algumas ocupações têm aparecido constantemente entre as que mais precisam de trabalhadores. É o caso de auxiliar de linha de produção e de soldador, que estiveram no "top 5" das últimas 14 listagens.

Somente para a próxima semana, empresas de Maringá oferecem pelo menos 427 vagas para auxiliar de produção. Segundo o gerente da Agência do Trabalhador, Maurílio Mangolin, muitas empresas demandam este tipo de mão de obra, principalmente as da área alimentícia, como abatedouros de aves.

"Infelizmente, não estamos encontrando pessoas para suprir essas vagas. Não sei explicar por que isso acontece, já que, em muitos casos, não exige experiência. Basta ter mais de 18 anos", afirmou. Em média, o salário inicial gira entre R$890 a R$940, além dos benefícios oferecidos pelas empresas.

Uma das empresas que busca mão de obra nesta área é a Cocamar Cooperativa Agroindustrial, que tem apostado em fórmulas alternativas para atrair candidatos. De acordo com a coordenadora da área de gestão de pessoas, Mirian Salin, a cooperativa não se limita a apenas anunciar as vagas na Agência do Trabalhador, mas também as divulga em carros de som.

Outra ação foi o projeto "Indique um Amigo", que concede bonificação ao colaborador caso o candidato passe pelo período de experiência. "Há dificuldade para contratar para a área operacional, principalmente em período de safra. Várias empresas têm essa demanda, oferecendo muitas oportunidades aos trabalhadores", explicou Mirian.

Outra ocupação que sempre figura no "top 5" das vagas na Agência do Trabalhador é o de soldador, procurado por muitas indústrias metalúrgicas e mecânicas. Para a próxima semana, 51 vagas estão disponíveis. Segundo Mangolin, a remuneração inicial gira em torno de R$ 1,1 mil.

No entanto, este é um cargo que exige experiência, o que acaba afastando muitos candidatos. A recomendação é de que os interessados façam os cursos oferecidos em vários locais como no Senai. "Esta função precisa de qualificação profissional ou experiência em carteira", ressaltou Mangolin.

Outros cargos

Nas últimas 14 semanas, o cargo de pedreiro apareceu por oito vezes entre as cinco ocupações que mais necessitavam de trabalhadores em Maringá. Na sequência, aparece servente de obras. "A área da construção civil está aquecida mas, por ser um trabalho braçal, muitos não tem interesse", afirmou o chefe da Agência do Trabalhador.

Outra ocupação que esteve presente ao longo de sete semanas no "top 5" de vagas foi a de operador de caixa. Para Mangolin, esse cenário foi influenciado pela abertura de vários supermercados e hipermercados.

Entre novembro de 2012 e setembro deste ano, quatro grandes redes de supermercados inauguraram lojas em Maringá: Assaí, do Grupo Pão de Açúcar; Angeloni; Muffato e Condor. "Além disso, existe uma grande rotatividade nessa área. Muitos não gostam de trabalhar até tarde da noite", ressaltou.

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