O Instituto Adolfo Lutz de São Paulo, responsável pelos exames nos macacos mortos no Parque do Ingá, informou que não é o vírus da febre amarela que vitimou os animais. A confirmação foi dada na tarde desta terça-feira (28), mesmo dia em que morreu o 13.º sagui no local. A Secretaria Estadual de Saúde ainda não recebeu o laudo técnico dos exames, e ainda não é possível afirmar qual a doença responsável pelas mortes. Com isso, o Parque do Ingá continua fechado para visitação.
De acordo com o superintendente de vigilância em saúde da secretaria estadual, José Lúcio dos Santos, provas preliminares já atestavam que o resultado era negativo para febre amarela, mas não era possível afirmar com 100% de certeza enquanto não ficasse pronto o laudo oficial do instituto de São Paulo. "Vários tipos de vírus estão sendo pesquisados. Uma possibilidade é o arenavírus, que também pode ser transmitido para humanos", disse Santos.
Segundo o superintendente, o arenavírus é transmitido para seres humanos por meio de fezes e urina de roedores contaminados, mesmo assim é um risco ter o vírus em circulação entre primatas.
Já o 13.º macaco morto foi encontrado durante vistorias de rotina que estão sendo realizadas desde que o parque foi fechado. Segundo Mauro Nani, diretor do parque, o animal foi encontrado bastante debilitado e morreu por volta de 15h. Ele também afirma não ter conhecimento sobre os laudos oficiais.
O Parque do Ingá foi fechado para visitação no dia 15 último, depois da confirmação da morte de vários macacos. A suspeita de febre amarela fez com que a procura pela vacina nos postos de saúde da cidade aumentasse. A Prefeitura de Londrina, no Norte do estado, abriu campanha de imunização contra a doença naquela cidade.
O Parque do Ingá conta com 47 hectares de área de preservação no centro de Maringá e recebe normalmente 3 mil visitantes ao dia em média nos finais de semana e em torno de 1,5 mil nos demais dias, além de uma população de aproximadamente 250 saguis.
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