Por conta das chuvas dos últimos dias, o preço da maioria dos hortifruti dobrou naCentral de Abastecimento (Ceasa) de Maringá. Tomate, alface e couve-flor tiveram a maior alta registrada.
A caixa de tomate, por exemplo, era vendida no início do mês a R$ 35. Nesta quarta-feira (16), saía por R$ 80, uma variação de 128%, na Ceasa. A caixa de alface, vendida a R$ 16 há algumas semanas, era comercializada por R$ 35, preço 118% mais alto.
Há outros exemplos. A caixa de couve-flor, vendida a R$ 18 no início de janeiro, custava na manhã desta quarta-feira (16) R$ 38, alta de 111%. Com a batata, o preço saltou de R$ 45 para R$ 85, aumento de 88%, no período.
De acordo com o gerente da Ceasa em Maringá, Luiz Alberto Sovierzoski, a alta nos preços se deve à perda na produção causada pelo grande volume de chuvas. "Tem chovido muito. Isso destrói as folhas e impede que algumas verduras cresçam como o esperado. Consequentemente, aumenta a perda da produção."
Além disso, Sovierzoski afirmou que a chuva é constante em outras regiões do estado e do país, onde estão alguns dos fornecedores da unidade. "A gente compra batata do sul do estado e de Minas [Gerais] e lá a chuva também castigou bastante. Então, o produto também chega aqui mais caro."
Por isso, o gerente da unidade em Maringá explicou que a alta dos preços é natural, já que o produtor precisa ter retorno do que investiu. "A gente sabe que quando isso chega ao mercado, o aumento é muito alto e que o consumidor não entende. Mas não tem jeito."
O gerente acrescentou que, historicamente, os meses de janeiro e junho são os de maior alta nos preços de hortifruti na região de Maringá. "Janeiro chove muito. Em junho temos o frio e a geada."
A alta incidência de chuvas deve continuar nos próximos dias e deve manter os preços altos. De acordo com o Instituto Tecnológico Simepar, há previsão de chuva para a região de Maringá até domingo (20).