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Agronegócio

Expoingá quer faturar mais com o ‘fim de safra’

Com o ano safra (julho-junho) perto do fim, os produtores tendem a aproveitar os recursos do crédito rural ainda disponíveis e, assim, ampliar a realização de negócios na Expoingá neste ano, avaliam as instituições financeiras que participam da feira (de 9 a 19 de maio, em Maringá, no Parque Francisco Feio Ribeiro). Os bancos consideram que existe a possibilidade de mudança de regras nos programas de investimento no Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2013/14, a ser anunciado pelo governo federal nas próximas semanas.

Numa demonstração de que não falta crédito para quem tem capacidade de endividamento, os agentes do crédito rural vão oferecer para financiamentos valor 160% maior que a previsão de negócios dos organizadores da Expoingá, que é de R$ 250 milhões. Juntos, Banco do Brasil, Sicredi e Banco Regional do Desenvolvimento Econômico (BRDE) irão ofertar R$ 650 milhões.

"Como a ExpoIngá é próxima ao encerramento da temporada agrícola, acaba impulsionando os negócios", afirma Paulo Fernando Ozelame, diretor de Desenvolvimento do Sicredi.

O Finame Rural deve ser a modalidade mais contratada pelos agricultores, segundo as entidades financeiras. Voltado para a compra de máquinas e equipamentos, teve a taxa de juros reduzida para 3% ao ano, com prazo de até dez anos para pagamento.

O BRDE projeta que 80% dos negócios se concentrem na modalidade. "É a última chance de pegar crédito no Finame", adverte Juliana Souza Dallastra, gerente de Planejamento da agência paranaense da entidade, que tem o como objetivo superar os R$ 51 milhões negociados na ExpoLondrina.

O Banco do Brasil, principal agente financiador da safra brasileira, irá disponibilizar R$ 300 milhões, mesmo valor da ExpoLondrina, que ocorreu em abril. "As feiras são do mesmo porte e com o mesmo jeitão", diz Pablo da Silva Ricoldy, gerente de agronegócio do Banco do Brasil. Na edição 2012 da ExpoIngá, o Banco fechou R$ 93 milhões em negócios.

A cooperativa de crédito Sicredi também oferta R$ 300 milhões. Porém, caso o número de propostas ultrapasse a estimativa, a empresa promete viabilizar todos os pedidos dos produtores. "Não temos limite definido porque vamos acolher 100% das propostas", garante Ozelame. No ano passado, os negócios atingiram R$ 200 milhões.

Na ExpoLondrina, em abril, também houve oferta de crédito bem maior do que a previsão de negócios. As entidades financeiras programaram R$ 510 milhões. Segundo a Sociedade Rural do Paraná, houve R$ 402,5 milhões em negócios. Dos R$ 133 bilhões do crédito rural de 2012/13, R$ 35 bilhões ainda estão disponíveis.

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