Nova carceragem é usada apenas como depósito por enquanto. Sesp admite falta de comunicação

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Desde 2002 a carceragem da Delegacia de Polícia Civil de Peabiru, a 15 quilômetros de Campo Mourão (Centro-Oeste), está interditada pela Justiça, que alegou falta de segurança no local. As reformas solicitadas foram concluídas em agosto do ano passado. São quatro celas e dois solários. A capacidade é para 16 presos, mas, por enquanto, o local está sendo usado apenas como depósito. O juiz responsável pelo caso espera um lado da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-PR) comprovando que o local tem condições de abrigar os detentos. O documento foi solicitado em setembro de 2008, logo após o término da reforma, mas até agora nada foi providenciado. "Além do laudo, precisamos também de um relatório dos funcionários que irão trabalhar no local, em especial de carcereiro", falou o juiz Luiz Gustavo de Fabris, em entrevista ao Paraná TV 1.ª Edição.

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Enquanto isso, os detentos dividem espaço com outros presos na delegacia de Araruna, a 15 quilômetros de Peabiru. O local tem capacidade para 14 pessoas, mas está com 29, uma superlotação que gera problemas. Em menos de seis meses foram seis fugas. Há 15 dias os presos se rebelaram e colocaram fogo na carceragem. Os responsáveis pelo tumulto ficaram em uma cela improvisada e conseguiram fugir no último fim de semana.

"Os presos danificaram a estrutura da laje, por isso hoje eles estão todos em uma única ala. Eles exigem que não querem presos lá dentro.", explica o sargento José Fernandes, responsável pela cadeia de Araruna.

Os maiores prejudicados são os moradores da região, que não conseguem ficar tranquilos. "Quando foge algum preso tem tiroteio e isso é perigoso", falou o comerciante, Santo Romero, em entrevista ao ParanáTV. Segundo a reportagem do telejornal, a Secretaria de Segurança admite que desconhecia a necessidade do laudo para liberar a carceragem e deve resolver o problema rapidamente.

"Houve uma falta de comunicação com a polícia local conosco. Vamos fazer todo o procedimento necessário para transferir os presos de Araruna para Peabiru. Também vamos deslocar um delegado e novos policiais para a delegacia da cidade", afirma Luiz Alberto Cartaxo, chefe da Divisão da Polícia do Interior.