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Municípios que não realizam fluoretação da água no PR

Ângulo

Antonina

Boa Ventura de São Roque

Colorado

Doutor Ulysses

Entre Rios do Oeste

Flórida

Iguaraçu

Itambaracá

Lobato

Marialva

Mercedes

Miraselva

Nossa Senhora das Graças

Pitangueiras

Nova Fátima

Pato Bragado

Quatro Pontes

Sarandi

Procedimento considerado de extrema importância para a saúde bucal da comunidade, a fluoretação da água ainda não é feita em 19 municípios do Paraná. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a maior parte desses municípios fica na região de Maringá.

O levantamento aponta que a fluoretação não ocorre em Ângulo, Colorado, Flórida, Iguaraçu, Lobato, Marialva, Nossa Senhora das Graças e Sarandi. Em todos esses municípios, a própria administração controla a rede de abastecimento de água.

Para reverter esse quadro, o Comitê Técnico para Fluoretação, criado pela Sesa, começou um trabalho junto às prefeituras e às empresas de abastecimento para a implantação do serviço, além de monitorarem adequadamente o teor de flúor adicionado à água.

Segundo o coordenador do grupo e do setor de Saúde Bucal da Sesa, Léo Kriger, um dos fatores que dificulta a implantação do serviço nesses municípios é a dificuldade técnica. "Em Sarandi, são mais de 80 mil moradores e 70 sistemas de abastecimento. Em Marialva são outros 18. São muitos sistemas dentro das cidades", explicou.

Outro fator apontado é a falta de vontade política por parte de algumas prefeituras. "Alguns municípios não têm noção clara da importância da fluoretação, que consegue reduzir entre 40% e 60% os custos com tratamento odontológico. Além disso, o custo médio para implantação é de R$ 1 por família ao ano, um valor insignificante como medida de saúde."

Paraná tem uma das melhores coberturas

Segundo o coordenador de saúde bucal da Sesa, o Paraná tem uma das maiores coberturas de fluoretação do país. Dos 684 sistemas públicos de abastecimentos do estado, 542 têm flúor na água, um índice de 79,2%, enquanto a média nacional está entre 40% e 50%.

Entre os municípios cujo abastecimento é de responsabilidade da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), o programa de fluoretação cobre 99% da rede. Já entre os municípios que administram a própria rede de abastecimento, o índice de cobertura é de 67%.

Desde que a fluoretação foi iniciada no Paraná, a Sesa estima que o índice de cáries na população caiu 53%. Atualmente 380 cidades paranaenses e 98% da população são beneficiadas com o serviço, cenário bem diferente do que era há 30 anos, quando apenas 19 municípios contavam com flúor na água.

Além das oito cidades da região de Maringá já citadas, não contam com o serviço: Antonina , Boa Ventura de São Roque, Entre Rios do Oeste, Itambaracá, Mercedes, Miraselva, Pitangueiras, Nova Fátima, Pato Bragado e Quatro Pontes.

Para aumentar a cobertura, o comitê pretende dar suporte técnico às prefeituras e empresas dessas cidades. "Queremos fazer uma aproximação desses municípios com a Sanepar, que faria a consultoria técnica. A nossa intenção é ter uma política única de fluoretação comandada pela Sesa."

Outro lado

Em Ângulo, o diretor do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), Genivaldo José Casadei, informou que a fluoretação deve começar até o fim deste ano. "Dependemos apenas da colocação da bomba e do reservatório onde será inserido o flúor", explicou.

O superintendente do Serviço de Água e Esgoto de Marialva (Saema), Ademir de Souza, disse que o município está providenciando um levantamento sobre os custos da fluoretação. No entanto, ressaltou que a prefeitura ainda não tem previsão para implantar o serviço.

Já em Colorado, a assessoria de imprensa da prefeitura comunicou que o município está analisando a situação, pois há questionamentos sobre os riscos da fluoretação. Sobre isso, o coordenador de saúde bucal da Sesa, Léo Kriger, garantiu que o procedimento é seguro se utilizado de maneira correta. "Problemas com fluorose só ocorrem quando há excesso de flúor na água durante muito tempo."

A reportagem também tentou contato com os demais municípios. No entanto, os responsáveis pelos serviços de saneamento não foram localizados ou não retornaram às ligações.

Sanepar afirma que fluoretação ocorre há 55 anos no Paraná

O processo de fluoretação da água ocorre há 55 anos no estado. De acordo com a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), o processo foi iniciado na Estação de Tratamento de Água do Tarumã, em Curitiba, o que tornou a capital paranaense a primeira e ter a adição de flúor à água tratada. A adição possibilita, no mínimo, uma redução de 65% das cáries, desde que mantida a continuidade e a regularidade dos teores do produto na água, segundo especialistas.

O processo custa à Sanepar mais de R$ 650 mil mensais. O dinheiro é investido em 96 toneladas de fluossilicato de sódio e 37 toneladas de ácido fluossilicico, segundo a segundo a assessoria de imprensa da Companhia. Estes custos englobam "os produtos químicos, a operacionalização para aplicar o flúor nas unidades de tratamento e as análises realizadas nas estações e rede de distribuição", explicou em nota.

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