A Prefeitura de Maringá, em conjunto com o Ministério Público Federal (MP) e a Polícia Federal de Maringá (PF), está concluindo um inquérito que investiga o desvio de recursos da Secretaria de Saúde de Maringá. A previsão é de que mais de R$ 500 mil, que eram destinado ao Sistema Único de Saúde (SUS), foram desviados dos cofres públicos.
A versão preliminar da apuração concluiu que uma servidora pública da Secretaria de Saúde de Maringá, com 20 anos de carreira, falsificava guias de exames de raios-X para uma clínica terceirizada, contratada pelo município por meio de licitação.
Na denúncia, o procurador jurídico de Maringá, Luiz Carlos Manzato diz que a servidora era paga pela clínica para falsificar os relatórios de exames que a empresa realizada e enviar ao município.
Ela mesma analisava os relatórios na secretaria de Saúde e enviava para o pagamento. "A cada 5 mil exames, apenas 3 mil foram realmente feitos. Os demais foram forjados pela servidora e o município pagou", explicou Manzato.
Os desvios foram descobertos em setembro de 2010, por um auditor da Secretaria de Saúde de Maringá, que percebeu que a quantidade de guias pagas era maior que a quantidade de pacientes encaminhados.
"Não consigo entender como ela pensou que não iríamos descobrir. Ela aumentava a quantidade de guias no relatório, mas não tinha guias assinadas pelos pacientes e pelos médicos. Não demorou muito para a auditoria perceber que os números não batiam", explica Manzato.
Logo após a descoberta, a servidora foi afastada do cargo e o caso, entregue ao Ministério Público Federal (MPF) e à Polícia Federal de Maringá (PF). As investigações foram feitas em sigilo.
"Contamos com o apoio desses órgãos para investigar. O inquérito está pronto. Só preciso revisar para publicar na próxima semana e entregar definitivamente ao MP e à PF", disse o procurador jurídico de Maringá.
A Polícia Federal de Maringá disse à produção da RPC TV Maringá que existe um inquérito em andamento e que as pessoas envolvidas no caso estão sendo ouvidas. A PF disse ainda que o inquérito foi instaurado a pedido do Ministério Público Federal (MPF).
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