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Gaeco de Maringá investiga empresa paulista por falsificar equipamentos de ATI

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Maringá está investigando uma suspeita de pirataria de equipamentos da Academia da Terceira Idade (ATI) da marca Ziober do Brasil, de Maringá. Na semana passada, o Grupo realizou uma operação para executar o mandado de busca e apreensão numa fábrica em Nova Odessa (SP), na região de Campinas (SP).

Durante a ação do Gaeco, foram apreendidas centenas de equipamentos falsificados, entre eles alguns que já estavam embalados para serem entregues. A empresa Ziober disponibilizou cinco caminhões para transportar os equipamentos apreendidos para Maringá e foi nomeada como depositária das peças, que serão mantidas na sede da empresa até a realização da perícia.

O promotor do Gaeco, Laércio Januário, informou que o objetivo do grupo é averiguar indícios de fraudes a licitações e vendas desses equipamentos, não restringindo as investigações somente as pessoas ligadas diretamente à empresa falsificadora. "Todo órgão público ou privado que pode ter envolvimento com os atos ilícitos serão investigados, inclusive, para isso precisaremos da ajuda de outros Gaecos para gerar provas de qualidade", declarou o promotor.

O promotor ressaltou que ainda não há um número provável de pessoas que serão responsabilizadas pelas fraudes, mas até o momento, o proprietário da empresa falsificadora e mais seis funcionários estão sendo investigados por formação de quadrilha, falsidade ideológica, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro.

Ex-funcionário é acusado de falsificar equipamentos

Segundo informações do departamento de Comunicação da Ziober do Brasil, a empresa falsificadora seria comandada por um ex-representante da Ziober, que estaria atuando simultaneamente nas duas empresas com o objetivo de levar a Ziober à falência.

"As venda diminuíram de um ano pra cá e quando fazíamos reuniões com os colaboradores ele [o suspeito] sugeria que demitíssemos todos os funcionários, isso porque ele queria tomar a frente da empresa", declarou Geisa Telles Frutuoso, coordenadora de comunicação da empresa. Ela informou que este funcionário estaria utilizando o nome da Ziober há cerca de dois anos, além de ter se apropriado do endereço do site, das patentes e demais registros da empresa ao comercializar os produtos piratas.

A suspeita de fraude surgiu há cerca de um ano e meio, quando a Ziober começou a receber solicitações de manutenção de equipamentos que não haviam sido fabricados pela empresa. "Recebíamos reclamações de várias regiões do Brasil de produtos que quebravam em situações não condizentes com a qualidade dos equipamentos produzidos pela Ziober, e quando recebíamos a nota fiscal do produto quebrado, os dados não batiam", disse Geisa.

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