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Em Campo Mourão, três donos de postos foram presos e responderão por sonegação e formação de cartéis | Dirceu Portugal/Gazeta do Povo
Em Campo Mourão, três donos de postos foram presos e responderão por sonegação e formação de cartéis| Foto: Dirceu Portugal/Gazeta do Povo

Treze pessoas foram presas em uma ação conjunta desencadeada em quase todas as regiões do Paraná - e também em Minas Gerais e São Paulo - contra grandes empresários suspeitos de praticarem concorrência desleal no setor de combustíveis. Trinta e cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos, na manhã desta quarta-feira (16). A ação é uma parceria da Polícia Civil, Militar e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público.

Na região Noroeste do Paraná, a operação ocorreu em Maringá, Campo Mourão, Umuarama e Engenheiro Beltrão. No Paraná, houve ações ainda em Curitiba, Araucária, Campo Largo, Londrina, Foz do Iguaçu, Cascavel, Ponta Grossa e Ibiporã. A assessoria de imprensa do Ministério Público do Paraná não soube informar onde foram efetuadas cada uma das 13 prisões.

Em Maringá, um empresário foi preso. Em Umuarama, quatro proprietários de postos foram presos e outros dois mandados de prisão ainda deviam ser cumpridos. Na residência de um dos empresários, foram apreendidas cinco armas de fogo, além de munição.

Em Campo Mourão, a polícia executou mandados de prisão e de busca e apreensão antes das 9h25. Três donos de postos foram presos e responderão pelos crimes de sonegação e formação de cartéis.

Seis bombas de três postos foram lacradas e houve também a apreensão de notebooks, livros de registros, notas fiscais, vasilhames de combustíveis guardados em locais inapropriados e carregadores de armas.

Crimes e investigação

De acordo com as primeiras informações, há indícios do uso de preço predatório entre várias distribuidoras e postos de combustíveis no estado para acabar com a concorrência.

A investigação começou em junho de 2009 e apontou a participação de 14 distribuidoras e 60 postos de combustível no esquema, segundo o MP-PR.

A organização não-governamental Comitê Sul Brasileiro de Qualidade de Combustíveis também participa da operação para descobrir se há ainda casos de adulteração dos produtos nos estabelecimentos investigados.

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