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Uma operação deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Guarapuava prendeu, em Maringá e Paranavaí, quatro pessoas suspeitas de chefiarem uma quadrilha acusada de desviar mais de R$ 2 milhões, em cargas de diversos produtos, nas rodovias do Paraná.

Segundo o Gaeco, os quatro são acusados de negociar com os motoristas o valor dos desvios das mercadorias. Para isso, combinavam falsos roubos de cargas, inclusive, com a participação de funcionários públicos, que registravam Boletins de Ocorrência (BO) falsos.

Ainda na região, os policiais do Gaeco prenderam mais três pessoas acusadas de integrar a quadrilha. Todas tinham ligação com a Polícia Civil.

Em Candido de Abreu, a aproximadamente 180 quilômetros de Maringá, foram presos servidores municipais que ocupavam os cargos de investigador e escrivã da Polícia Civil. Segundo o Gaeco, a escrivã paga para registrar boletins de ocorrência falsos.

Em Pitanga, a aproximadamente 200 quilômetros de Maringá, foi detido um investigador que exercia a função de superintendente da delegacia local. Ainda segundo a investigação, ele também produzia boletins de ocorrência falsos, mediante o pagamento de propina.

Segundo o Gaeco, o esquema movimentou mais de R$ 2 milhões em cargas de diversos produtos, como ferro, fertilizantes, açúcar, semente, tecidos, cosméticos e tratores. Os desvios foram praticados entre os meses de abril de 2007 e setembro de 2010. Os caminhoneiros desviavam a carga que transportavam e registravam um boletim de ocorrência de roubo para apresentar para as empresas que os contrataram.

Operação acontece em sete estados

A operação denominada Trinca Ferro, cumpre 34 mandados de busca e apreensão e 25 de prisão em 21 cidades de sete estados, nesta terça-feira (1).

As prisões e apreensões contam com a participação dos núcleos do Gaeco de Guarapuava, Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu, dos Gaecos de São Paulo, do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Mato Grosso, de Goiás e de Rondônia, além do apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Civil e das Agências Locais de Inteligência dos Batalhões de Polícia Militar de Guarapuava, Ponta Grossa e Maringá.

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