O sistema de informatização que interliga o Hospital Municipal às 26 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e os dois Pronto-Atendimentos (PAs) em Maringá poderá servir de modelo para a interligação que o Ministério da Saúde pretende realizar entre todos os estabelecimentos que atendem pela rede pública de saúde no Brasil. O diretor adjunto do Sistema Único de Saúde (SUS), Francisco Marques, veio a Maringá, nesta segunda-feira (21), para estudar o sistema municipal.
A intenção é de que uma primeira versão desse sistema de integração nacional seja testada ainda neste ano. Nele estariam todas as informações relevantes sobre o almoxarifado, campanhas de vacina, auditorias, entre outras. "Estamos estudando o sistema de vários municípios, mas o de Maringá é o melhor que temos conhecimento", comentou Marques. "Se optarmos pelo sistema de Maringá, seria necessário realizar alguns ajustes técnicos [como relacioná-lo à linguagem de operação conhecida como Java], para atender a todos os municípios brasileiros."
O sistema de interligação viria juntamente de um cartão de saúde que os beneficiados teriam. Nele, todas as informações importantes sobre a saúde do paciente, desde exames feitos até medicamentos consumidos, estariam à disposição dos médicos. Com isso, o sistema de saúde público economizaria até 40% do que gasta com exames. "Realizamos muitos exames redundantes, que são aqueles que os pacientes têm de fazer repetidamente por falta de informações", explicou Marques. "Além disso, teríamos um maior controle do estoque das farmácias populares."
O secretário da Saúde de Maringá, Antonio Carlos Nardi, afirmou que, da maneira como está estruturado, o sistema municipal poderia atender 85% dos municípios brasileiros. A Prefeitura pretendia lançar, também, um cartão com as informações dos pacientes maringaenses, para otimizar ainda mais o sistema de interligação, que existe desde 2007. No entanto, como o governo federal também tem esse objetivo, é possível que o município aguarde pelo cartão nacional. "Se esperarmos, evitaremos o gasto de dinheiro público em duplicidade", explicou Nardi.