A paralisação dos bancários foi ampliada nesta quinta-feira (30) em Maringá e região metropolitana. Até as 14h, funcionários de 44 agências aderiram à paralisação, iniciada na quarta-feira (29). Os atendimentos foram interrompidos em bancos de Maringá, Sarandi, Marialva, Astorga e Paiçandu.
Somente em Maringá, 37 das 58 agências interromperam o atendimento ao público por tempo indeterminado. Não aderiram à paralisação as agências do Banco do Brasil e de instituições bancárias privadas menos conhecidas.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários de Maringá e Região, Claudecir de Souza, a expectativa é de que os bancos privados de outros municípios entrem em greve a partir de sexta-feira (1º). "Estamos concentrados para conscientizar os colegas e a população sobre nosso movimento", explicou.
Reivindicações
A principal reivindicação da classe é o reajuste salarial. Segundo o sindicato, a classe patronal apresentou proposta de reposição salarial de 4,29%, que corrige apenas a inflação do período, e não dá ganho real. A categoria reivindica 11%. "Além disso, pedimos a contratação de mais funcionários, fim do assédio moral e fim das metas abusivas", afirmou Claudecir de Souza, presidente do sindicato em Maringá.
A Federação Nacional do Bancos (Fenaban) divulgou nova nota à imprensa sobre o movimento grevista. A entidade entende a paralisação nacional como radicalização e alega que o sindicato abandonou a mesa de negociações. A nota afirma que "os bancos manifestam sua firme intenção de adotar todas as medidas legais cabíveis e necessárias para garantir o acesso e o atendimento da população nas agências e postos bancários". Segundo a entidade o reajuste de 4,29% é o patamar inicial, e que, a partir desse índice mínimo, poderão ser negociados valores que permitam aumento real aos funcionários.