Por conta da greve dos funcionários dos Correios, que começou em todo o País na quarta-feira (14), 35 mil correspondências devem deixar de ser entregues diariamente em Maringá, segundo o sindicato da categoria, Sintcom-PR. Cerca de 40% dos funcionários locais haviam aderido à paralisação até as 9h desta quinta-feira (15).

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"Com a paralisação, apenas 50% das 70 mil correspondências que entregamos todos os dias em Maringá chegarão aos destinatários. As demais ficarão nas agências. Vamos aguardar as negociações e esperamos que nossas reivindicações sejam atendidas", explicou o diretor executivo do Sintcom-PR, Osmar Silva.

Quem estiver aguardando um objeto ou documento importante deve procurar uma agência dos Correios mais próxima para retirá-lo, já que os serviços administrativos foram mantidos. "Recomendamos que quem aguarda o recebimento de correspondências em casa procure uma agência para retirá-las", disse Silva.

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A greve no Paraná segue a determinação da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect). Os trabalhadores pedem um reajuste linear de R$ 400, além da reposição dos 7,16% da inflação referente ao período entre agosto de 2010 e julho de 2011.

A categoria ainda quer discutir um piso salarial que seria de aproximadamente R$ 1.635 (atualmente o piso do carteiro é de R$ 807), o aumento do vale-refeição de R$ 23 para R$ 30 e um do auxílio extra, de R$ 130 para R$ 300.

A proposta apresentada recentemente pela empresa foi de aumento salarial de 6,87% mais um reajuste linear de R$ 50 para cada trabalhador a partir de janeiro, além de um abono de R$ 800 a ser pago após o acordo. O vale-refeição seria no valor de R$ 25 e o auxílio extra de R$ 140. A empresa não quis discutir ainda o piso salarial da categoria.

Procon-PR e Febraban alertam

O Procon-PR e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) orientam a população em relação às dificuldades que podem surgir por conta da greve dos Correios. As principais recomendações são referentes às contas que podem vencer sem que o consumidor as tenha recebido o boleto bancário, o que pode gerar multa e juros pelo atraso do pagamento.

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Segundo o Procon-PR, o consumidor pode buscar meios alternativos para a emissão da segunda via do documento de pagamento. Em vários casos, o boleto bancário pode ser impresso, acessando a página do fornecedor na internet. Também é possível contatar o SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) da empresa e solicitar a remessa do boleto por e-mail ou fax, pedir o código de barras do documento, ou local para efetuar o pagamento.

Cabe ao fornecedor disponibilizar ao consumidor outras formas de pagamento, além do boleto bancário. Se o consumidor tiver algum prejuízo em razão da não disponibilidade, pode procurar os órgãos de defesa do consumidor. O órgão ainda orienta que a emissão do boleto não pode ser cobrada.

A Febraban sugere que o cliente identifique os pagamentos recorrentes mensais, ou aqueles eventuais que poderão incidir no período da paralisação. Com essas informações, ele deve procurar as agências das concessionárias ou empresas emissoras dos boletos e solicitar a segunda via da cobrança para efetuar o pagamento.