Aos 18 anos, José Tavares da Silva cruzou o Brasil com a mulher Maria Fernandes de Araújo da Silva, em busca de oportunidades de trabalho.
Muito jovem e com vontade de trabalhar na construção civil, saiu de sua cidade natal, Bocaiúva (MG), para morar em Maringá, Noroeste do Paraná, onde se tornou pedreiro.
A viagem de carro demorou mais de cinco dias, segundo parentes. Com o tempo, ficou famoso em Maringá pela habilidade nas obras que desenvolvia. A família perdeu as contas da quantidade de casas que ele construiu.
"Ele nunca ficava sem serviço por ser muito detalhista e caprichoso. Construções eram a grande paixão dele", recorda a filha Valdinéia Tavares da Silva.
O casal, que se separou há seis anos, teve seis filhos, todos em Maringá. Cada um seguiu sua vida, mas a amizade entre ambos continuou. Mesmo após seis anos, nenhum deles voltou a se casar.
Depois de aposentado, Silva se empenhou mais em sua segunda paixão: tocar viola e cantar. Quando reunia os 15 netos era uma festa. "Todo mundo dançava e cantava com ele, que nem cantava tão bem, mas agradava muito a todos", diz Valdinéia.
Dia 15 de agosto, aos 82 anos, de câncer na próstata. Deixa seis filhos e 15 netos.
