Nos últimos anos de vida, seo Osler Colombari sempre visitava a Praça Napoleão Moreira da Silva, no centro de Maringá. Homem de sorriso fácil e de hábil discurso, facilmente contagiava os amigos de carteado, jogado nas sombras das árvores, alheio ao vai-e-vem dos carros e à passada apertada de quem deixava o trabalho.
Nascido em Pirajuí (SP) em 1938, mudou-se com apenas dois anos para Marialva, no Noroeste do Paraná, onde passou a infância e a adolescência juntamente com a família. Aos 18 anos, trocou a Capital da Uva Fina pela capital do estado, para servir ao Exército. Acostumado à vida pacata, não pensou duas vezes em retornar ao interior, quando recebeu convite para atuar como protético em São João do Caiuá.
Lá, conheceu a professora Adelaide, mulher com quem se casou em 1962 e que o inspirou a trabalhar na área da educação. Em 1974, formou-se em Letras pela Faculdade Estadual de Educação, Ciência e Letras de Paranavaí (Fafipa) e se mudou para Maringá, onde lecionou língua portuguesa e francesa em vários colégios, como o Branca da Mota Fernandes e o Duque de Caxias. Trabalhou também ao lado da mulher no Núcleo Regional de Educação (NRE).
Fanático torcedor palmeirense, ávido leitor e de senso crítico apurado, assinava vários jornais e revistas. Gostava de se manter informado para as corriqueiras discussões políticas e "futebolísticas" com os amigos.
Depois de aposentado, constantemente visitava a casa da família no balneário de Shangrilá, em Pontal do Paraná. Em seu refúgio no litoral, cuidava do jardim com esmero, sentia a brisa do mar renovar suas energias e reunia filhos e netos, para quem sempre tinha um bom conselho para dar, incentivando a busca pelo conhecimento.
Deixa mulher, quatro filhos, 12 netos e três bisnetos.
Dia 29 de janeiro, em Maringá, de infarto, aos 74 anos.