Considerado um homem caseiro e de pouca conversa, Wilson Ezequiel Ferreira escreveu sua história nos trilhos ferroviários de São Paulo. Trabalhando na área ferroviária desde a adolescência, aposentou-se e veio para o Paraná com a mulher, em 1993, atrás dos dois filhos que estavam em Maringá, região Noroeste do estado.
Natural de Assis (SP), Wilson era calmo, porém exigente, como lembra a filha Patrícia Helen Ferreira Holzhausen. Gostava das coisas certas e nos lugares certos. "Ele era bastante determinado, bem humorado, profissional e exigia bastante da gente. Mas foi bom porque aprendemos muito com ele", disse a filha.
Toda semana ia à missa, o que para ele era muito importante. Era apaixonado também por futebol e torcedor assíduo do São Paulo. Sempre que podia, visitava um dos filhos em Natal (RN) e aproveitava as belezas do Rio Grande do Norte com a mulher, que neste mês está no Nordeste.
Nos últimos meses de vida, o câncer generalizado tentou desanimar Wilson, mas ele não desistiu de lutar pela vida. "Tinha muita fé e deixou a lição que devemos enfrentar nossos problemas de frente. Foi muito corajoso e mesmo doente e perto da morte não tirou o sorriso do rosto um só momento", lembra Patrícia.
Deixa esposa, dois filhos e três netos. Dia 6, aos 73 anos, de câncer.