A agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Maringá começa a funcionar em novo horário a partir da desta segunda-feira (1). O expediente que se encerrava às 16h termina a partir de agora às 18h. Serão 10 horas de atendimento diário, visto que o posto abre diariamente às 8h da manhã. A extensão do horário visa melhorar o atendimento e atender mais segurados.
O horário diferenciado já funcionava nas capitais, agora se estende para cidades do interior. A forma de atendimento continua a mesma, ou seja, para requerer os benefícios ou fazer perícias, os interessados devem agendar o horário antes, pelo telefone 135, pela internet ou pessoalmente.
Indicativo de greve
No mesmo dia em que houve o anúncio sobre a extensão do horário de atendimento, os servidores federais do INSS que atuam no Paraná decidiram iniciar uma greve por tempo indeterminado a partir da segunda quinzena de junho, suspendendo o atendimento em todas as agências do estado, com a manutenção apenas de serviços essenciais do órgão. A data de início da paralisação ainda não está definida. O principal motivo do protesto, definido em uma assembleia da categoria no último sábado (30), é a mudança na carga horária dos servidores, que passaram a trabalhar oito horas diárias nesta segunda-feira (1º).
Segundo Jaqueline Mendes de Gusmão, presidente o Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde, Trabalho, Previdência Social e Ação Social do Paraná (SindPrevsPR), os trabalhadores podem ter prejuízos à saúde se trabalharem oito horas seguidas. "Se é para aumentar o horário de atendimento, nossa sugestão é que o INSS fique aberto doze horas por dia, com dois turnos de seis horas", afirma. Em todo o Paraná, trabalham cerca de 2,5 mil servidores na Previdência Social.
A gratificação dos servidores também é questionada. Pelas regras antigas, o pagamento do bônus considerava critérios como tempo de serviço e cursos realizados pelo servidor. Com a aprovação de uma nova resolução, na semana passada, também entrará no cálculo das gratificações a avaliação feita pelos chefes e colegas dos funcionários e, dependendo dessas avaliações, será paga a gratificação.
Jaqueline conta que além dos trabalhadores do Paraná, os sindicatos dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul também aderiram à paralisação, enquanto os demais estados ainda discutem a possível paralisação em assembleias. Nos dias 6 e 7 de junho, servidores de todo o país se reunirão em Brasília para discutir o plano de greve. "A data de início da paralisação ainda poderá ser alterada para coincidir nacionalmente, mas a greve está confirmada no Paraná", diz.
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