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O horário de verão termina à zero hora deste domingo (21), quando os relógios deverão ser atrasados em uma hora, voltando para as 23 horas de sábado. Mesmo tendo cumprido o objetivo de diminuir a demanda no horário de pico e ainda ter sido responsável por pequena economia, o horário de verão registrou recorde de consumo para o período no Paraná. Segundo a Companhia Paranaense de Energia (Copel), em 5 de fevereiro o sistema percebeu consumo de 4.592 megawatts, entre 14h e 16h30. O nível esteve bem acima do normal para o período, que é de cerca de 4.100 megawatts. A tendência geral foi repetida em Maringá, segundo Rogério Magalhães Vilas Boas, gerente regional da companhia no Noroeste.

De acordo com Vilas Boas, em todo estado a retração na demanda entre 19h e 22 h, nos últimos quatro meses, foi de 5%. Isso significa que o sistema de distribuição ganhou fôlego de 200 megawatts durante o período. "Quantia de energia suficiente para atender duas cidades do porte de Foz do Iguaçu", disse ele. Já a economia real é bem mais tímida: 0,5%, proveniente da luminosidade natural que é aproveitada por mais tempo.

Não há na Copel um monitoramento do consumo por região, mas Vilas Boas afirma que em Maringá, principalmente pelas altas temperaturas, o alto consumo também foi característica durante o horário de verão. "Foi um ano atípico, principalmente pelo uso do ar condicionado e climatizadores", explicou.

Durante o verão, o sistema elétrico paranaense precisou de uma potência adicional equivalente ao que é gerado pela Usina Governador Bento Munhoz, na foz do Rio Areia, a maior da Copel e a de maior potência entre as 5 hidrelétricas instaladas no rio Iguaçu, que tem potência instalada de 1.676 MW.

De acordo com a Copel, graças ao sistema interligado em todo o Brasil, não houve risco de um apagão. Essa também é uma época do ano em que as barragens das usinas estão cheias, o que garante produção a 100%.

Sobre o Horário de Verão

A mudança no horário, na noite de sábado (20) para domingo (21), vale para os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.

Nos últimos dez anos, segundo informações do Ministério de Minas e Energia, a adoção do horário de verão possibilitou uma redução média de 4,7% na demanda de energia no horário de maior consumo, chamado horário de pico. Essa redução significa que as usinas deixaram de gerar cerca de 2.000 MW (megawatts) a cada ano ou 65% da demanda do Rio de Janeiro, ou ainda 85% da demanda de Curitiba.

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