Defesa
A defesa da médica Virgínia Helena Soares de Souza, acusada de provocar a morte de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Evangélico, informou que só conseguiu ter acesso ao inquérito no fim da tarde de ontem, e que precisa estudar melhor o caso antes de entrar com o pedido de soltura. O advogado Samir Assad negou que ela tenha sido indiciada quando há indícios suficientes para responsabilizar alguém por um delito. Segundo a Polícia Civil, não é possível confirmar a informação porque o caso corre sob sigilo.
30%
do atendimento de emergência de Curitiba e região metropolitana é feito no Hospital Evangélico, um dos maiores do estado. A instituição passa por grave crise financeira desde 2011: o hospital tem atrasado o pagamento de seus funcionários.
Dois dias após ser deflagrada a operação policial que investiga a ocorrência de possíveis homicídios na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Geral do Hospital Evangélico, em Curitiba, a direção da instituição manifestou perplexidade com as suspeitas levantadas e informou que nunca recebeu nenhuma informação que indicasse irregularidades, além de garantir a qualidade do serviço que está sendo prestado. Para atender à solicitação do poder público, o hospital concluiu ontem a substituição de 34 enfermeiros e 13 médicos que trabalhavam junto com a médica Virgínia Helena Soares de Souza, detida em caráter provisório desde segunda-feira para não atrapalhar as investigações que correm sob sigilo.
O diretor-clínico do Evangélico, Gilberto Pascolat, médico pediatra e intensivista, afirmou que o atendimento está ocorrendo dentro da normalidade, com serviços de qualidade. "A população deve saber que realizamos mais de 50 serviços, temos mais de 300 médicos e quatro UTIs. A investigação se restringe a uma funcionária de uma das UTIs", ressaltou. Ele não comentou sobre a sindicância interna instalada pelo hospital nem sobre a investigação conduzida pela Polícia Civil.
Segundo Pascolat, Virgínia não era nem a responsável pela UTI Geral ao contrário do relatado pelo advogado da médica, Elias Mattar Assad, e por vários enfermeiros e pacientes. Ela seria apenas uma médica diarista. O responsável técnico pelo setor era outro profissional. "Ela não tinha o título de intensivista, mas era totalmente competente, com 20 anos de prática e no dia a dia tinha autonomia para tomar decisões." Sobre as UTIs Coronária, Cirúrgica e Neonatal, o diretor-clínico afirmou que havia outros médicos responsáveis, com conhecimento especializado.
Pascolat, que faz parte da gestão que assumiu o Evangélico em março de 2011, disse que nunca houve nenhuma denúncia contra Virgínia. "Essa história deixou a gente perplexo." Ele confirmou que Virgínia Soares de Souza, descrita como uma pessoa ríspida e de difícil trato, ficou um mês afastada em 2011. "Mas foi uma desavença pessoal com outro médico, não tem relação com a conduta profissional dela na UTI", declarou.
Sindicância
O médico Mário Lobato da Costa, responsável pela auditoria governamental que está sendo feita na instituição, informou que o objetivo principal é rever os procedimentos adotados na UTI Geral. "Vamos verificar as mortes ocorridas entre 2012 e 2013, um volume muito grande, e conversar com as pessoas que trabalhavam na UTI", explicou ele, que é auditor do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus), do Ministério da Saúde.
Partidos iniciam estratégias para eleições presidenciais de 2026 apesar de cenário turbulento
Congressista americana diz que monitora silenciamento da liberdade de expressão pelo STF
Com Milei na presidência do Mercosul em 2025, vitória da esquerda no Uruguai alivia Lula
China vai chegar a 48 mil km de trilhos de trens de alta velocidade, mas boa parte ficará ociosa