Até o primeiro semestre do ano que vem Maringá deve contar com uma estação para fazer o monitoramento da qualidade do ar. A medida faz parte de um projeto que busca tornar o Paraná o segundo estado do país depois de São Paulo a contar com medições feitas por fontes fixas em tempo real.
O trabalho será feito em parceria entre o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), que deverá investir cerca de R$ 1,5 milhão no novo sistema. De acordo com a diretora de Estudos de Padrões Ambientais do IAP, Ivonete Chaves, o programa será compatível ao já utilizado nas oito estações existentes na capital e na região metropolitana de Curitiba.
"Atualmente, existe uma defasagem de 24 horas para obtermos os dados [da qualidade do ar]. O novo sistema vai permitir acompanhar de forma on-line as informações das cidades que contarão com estações e verificar se as emissões [de poluentes] estão atendendo a legislação em vigor", explicou.
O projeto começa a ser implantado este ano em Curitiba e seguirá para as maiores cidades do interior até a metade de 2014. Além de Maringá, serão criadas estações de monitoramento em Londrina, Foz do Iguaçu, Cascavel, Ponta Grossa e Paranaguá, além de mais uma estação móvel. No total, serão investidos R$ 5 milhões na compra destas estações.
O processo para a construção da unidade de Maringá já está em licitação. A definição do local que receberá a estrutura ainda não ocorreu. A escolha vai obedecer aos critérios técnicos, como a concentração de indústrias. Monitoramento das empresas
Atualmente, as empresas encaminham relatórios periódicos da qualidade do ar para o IAP. Com o novo sistema, as empresas poderão fazer a Declaração das Emissões Atmosféricas de Fontes Fixas de forma eletrônica, inclusive anexando documentos comprobatórios.
De acordo com Ivonete, a criação de estações no interior e a aplicação do novo sistema permitirão ao IAP ter um controle mais efetivo quanto a emissão de gases poluentes pelas indústrias. Com posse das informações, o órgão poderá indicar quais regiões da cidade podem receber novas indústrias e até mesmo aplicar multas - se necessário - para empresas que estiverem emitindo poluentes acima do permitido.