Idalina Gonçalves Vidigal era mesmo uma mulher de fibra. Aos 23 anos se casou com Vicente Fortunado Vidigal em Guaranésia, Minas Gerais, onde nasceu. A incansável busca por novos clientes para o marido carpinteiro fez com que dona Idalina morasse em dezenas de cidades dos estados de Minas Gerais e São Paulo até chegar ao Paraná, no final da década de 1950.
Em meio às mudanças, Idalina e Vicente criaram sete filhos, cada um nascido em uma das cidades por onde passaram. O filho João Vidigal lembra que apesar das limitações enfrentadas naquele período, o espírito trabalhador da mãe garantiu que a família vivesse com dignidade. "Ela tinha uma característica muito própria que era aprender a fazer [as coisas] conforme as necessidades que apareciam. Quando a gente morava em um lugar onde era difícil comprar pão, ela ia lá e aprendia a fazer", exemplifica João.
Dona Duquinha, como era carinhosamente chamada pelos familiares, chegou a Maringá em 1963 acompanhada do marido e dos sete filhos. Na cidade viu o fortalecimento do trabalho do marido Vicente, que encontrou na cidade um lugar seguro para exercer a profissão e proporcionar uma vida mais tranquila à família.
Mas João conta que, mesmo com a idade avançada, a mãe não aceitava dividir tarefas que ela considerava sua obrigação, como os afazeres domésticos. "A gente chegou a contratar alguém que fizesse isso, mas ela nunca aceitou." O filho conta que Duquinha diminuiu a teimosia somente nos últimos dias de vida, quando já se sentia bastante debilitada por conta da idade. Deixa sete filhos, 13 netos e cinco bisnetos.
Dia 12 de abril, aos 91 anos, em decorrência de complicações de um linfoma, em Maringá.
Para informar falecimento de parente ou amigo, escreva para pautagm@gazetamaringa.com.br. As publicações são gratuitas.
Oposição diminui ênfase no STF e retoma pautas usuais do Congresso
Pesquisa mostra consolidação da direita nos estados e indefinição no antagonismo a Lula em 2026
Reforma tributária: Relator corta desconto a saneamento e inclui refrigerantes no “imposto do pecado”
Vínculo empregatício com APPs deixaria 905 mil sem trabalho e tiraria R$ 33 bi do PIB, diz estudo