Motorista não tinha licença para trabalhar como taxista
De acordo com a Secretaria de Trânsito e Segurança (Setrans), o motorista envolvido no acidente não tinha licença para trabalhar como taxista. "O coordenador de transportes especiais da pasta, Eduardo Hiroshi, explicou que cada titular dos táxis tem direito a dois motoristas auxiliares. No entanto, estes condutores precisam obter uma licença.
Para obter esta autorização é necessário apresentar uma série de documentos, incluindo comprovante de pontuação e certidão de execução penal. "O rapaz que estava dirigindo não estava cadastrado e não havia dado entrada com o pedido para obter a licença", explicou.
O proprietário do táxi não foi localizado para comentar a situação. O caso será levado para a procuradoria Geral do Município, que deve tomar as providências cabíveis.
A situação foi criticada pelo presidente do Sindicato dos Taxistas de Maringá. "Temos instruído os taxistas para que peguem somente motoristas com documentação exigida, mas o pessoal não escuta", afirmou. A Setrans deve ter uma reunião com o sindicato para discutir o assunto.
Mirtes de Oliveira Podesta, de 64 anos, que foi atropelada por um taxista em 26 de novembro, no centro de Maringá, recebeu alta na tarde de quarta-feira (4), de acordo com a assessoria de imprensa do Hospital Santa Casa.
A idosa foi atingida por um táxi que seguia pela Avenida Piratininga, atravessou a preferencial e colidiu com um carro que passava pela Avenida Santos Dumont. O acidente foi registrado por câmeras de segurança.
A aposentada atropelada fraturou uma perna e os braços no acidente. Por isso, foi submetida a cirurgias e mantida internada para observação por nove dias, segundo o hospital.
Taxista e dono do táxi são indiciados
O motorista de táxi Elton Rafael Garcia e o proprietário do veículo, Valdenir de Aguiar, foram indiciados pela prática ilegal de profissão e da atividade de taxista.
Garcia não possuía licença especial de taxista, fornecida pela Secretaria de Trânsito e Segurança (Setrans), e Aguiar sabia disso, segundo a polícia. De acordo com a Polícia Civil, Garcia declarou em depoimento que era, na verdade, chapeiro.
No dia 7 de fevereiro, haverá uma audiência sobre o caso no Juizado Especial Criminal de Maringá. Um dia após o acidente, o proprietário do táxi registrou um boletim de ocorrência contra o motorista e declarou-se indignado com a situação.
Até a tarde desta quinta-feira (5), nenhum familiar da vítima ou a própria Mirtes de Oliveira Podesta havia procurado a Polícia Civil para prestar queixa contra Elton Rafael Garcia e Valdenir de Aguiar, segundo a polícia.
Na época do acidente, o delegado-chefe da 9ª Subdivisão Policial de Maringá, Sérgio Barroso, chegou a explicar que o motorista só deveria responder por lesão corporal culposa se a vítima ou familiares dela entrassem com uma representação contra o condutor.
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