A inadimplência em Maringá teve um crescimento de 6,8% em agosto deste ano. Foi o que indicou o relatório do Serviço Acim de Informações Comerciais (Saic), apresentado na manhã desta sexta-feira (17).

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De acordo com dados da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim), o número de pessoas que tiveram seus nomes incluídos no Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) em agosto foi de 14.062, 894 a mais do que o registrado em julho (13.168 consumidores). No mesmo período, o número de exclusões da lista de devedores caiu 3,5% (de 10.073, em julho, para 9.730 em agosto). De acordo com a coordenadora do SCPC em Maringá, Keila Alba, esta situação já era esperada para o meio do ano.

"É um comportamento comum para este período. Nós aguardamos um aumento nas exclusões a partir de novembro, quando os consumidores utilizam o 13º salário para quitar as dívidas", explicou.

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Segundo a assessoria de imprensa da Acim, a inclusão e exclusão de cheques praticamente não sofreram alteração nos últimos dois meses. Na inclusão de cheques, houve queda, fechando em julho com 589 e agosto, com 585. Na mesma proporção, houve aumento no número de exclusões. Foram 224 em julho e 228 em agosto.

Ricos com a corda no pescoço

O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revelou que houve um aumento na quantidade de famílias que contraíram dívidas e que não têm como pagar, especialmente na faixa de maior poder aquisitivo.

Lares com renda maior que dez salários mínimos apresentam a maior oscilação de inadimplência. Em julho, 2,3% das famílias nessa faixa de rendimento declararam não ter condições de saldar suas dívidas; em setembro, esse índice quase dobrou, alcançando 4,2% dos entrevistados.

O problema ainda atinge mais famílias com ganhos abaixo de dez salários, mas a inadimplência vem se mantendo estável desde o início do ano nesses casos, partindo de 10,7% em janeiro, registrando o menor patamar em junho (8,6%) e voltando a se elevar em setembro, para 9,9%.

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