Os Miseráveis, que estreia nesta sexta-feira (22) nos cinemas de Maringá, não é um filme para qualquer um. Os fãs do romance do escritor francês Victor Hugo (1802-1885) podem se decepcionar, já que o longa-metragem não é uma adaptação da obra literária, mas, sim, do espetáculo teatral Les Misérables, este sim baseado no livro.
Para alguns, o longa-metragem pode soar cansativo. Em 152 minutos de projeção, há poucos diálogos que não são cantados. As cenas são costuradas por pelo menos 50 canções que fazem parte da peça, assinada pela dupla francesa Alain Boublil e Claude-Michel Schönberg.
A grande estrela do elenco é o australiano Hugh Jackman (de Wolverine A Origem). Ele interpreta Valjean, um homem do povo, despossuído, que, na França do início do século 19, é preso e condenado por roubar um pão para saciar a fome da irmã.
Ao perceber que a própria liberdade condicional é, na verdade, uma prisão perpétua, que o condenará a uma vida de maus tratos e de discriminação, Valjean se rebela, foge e assume outra identidade, despertando a ira obsessiva de Javert (Russell Crowe), que dedicará a vida a persegui-lo.
Ao longo do filme, Valjean se torna prefeito de uma pequena cidade e dono de uma fábrica (a ação se passa em plena Revolução Industrial). Ele chefia, na própria fábrica, a frágil Fantine, uma operária interpretada com louvor - por Anne Hathaway.
Os Miseráveis foi indicado a oito categorias do Oscar, que ocorre no domingo (24), incluindo de a de melhor filme, melhor ator para Hugh Jackman e melhor atriz coadjuvante para Anne Hathaway.
Duro de Matar
Outro filme que chega às telonas de Maringá é Duro de Matar Um Bom Dia Para Morrer. A franquia fez sucesso a partir da década de 1990, com quatro filmes o último em 2007, quando o ator Bruce Willis interpretou o aclamado personagem John McClane, um policial destemperado e irônico. Quase cáustico.
Desta vez, o novo longa-metragem não traz muitas novidades. A receita é a mesma ação, exagero e muitos efeitos especiais. A maior atração fica por conta da atuação de Willis, ainda vigorosa, mesmo com a idade avançada.
O Voo
Em O Voo, outra estreia nos cinemas maringaenses, Denzel Washington dá vida ao complexo Whip, que lhe rendeu neste ano sua sexta indicação ao Oscar ele já tem duas estatuetas, uma por Tempo de Glória (1990) e outra por Dia de Treinamento (2002).
Na trama do filme, mais recente filme do popular Robert Zemeckis (de Forrest Gump O Contador de Histórias e Náufrago), Whip toma todas, passa a noite com uma comissária de bordo, e, ainda meio bêbado e drogado, encara a tarefa do dia: comandar um voo de Orlando para Atlanta, cidade onde mora. E tudo dá errado. Ou quase.
O Reino Gelado
A animação, que também estreia em Maringá, é inspirada no conto de Hans Christian Andersen e aposta no visual.
O filme conta a história de duas crianças que, com a ajuda de um troll e um furão, enfrentam uma entidade má que transformou seu país num lugar coberto de neve o tempo todo.
Os horários e os locais de exibição dos filmes podem ser conferidos no Guia Gazeta Maringá.